A CULPA É DO TSE (desmandos em Coari)
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Os desmandos administrativos e políticos ocorridos no município amazonense de Coari, de extrema riqueza e um povo pobre, oprimido e com medo, é culpa do Tribunal Superior Eleitoral. Na década de 80, outros problemas ocorreram em outros municípios do Amazonas, tudo por ganância nos recursos públicos.
As duas adolescentes estupradas pelo prefeito Adail Pinheiro, hoje mulheres e com filhas também, disseram que receberiam 100 mil reais para não presenciarem mortes nas suas famílias, mas o dinheiro, só lhes seria repassado no dia do julgamento por esses crimes. A advogada Elizabeth Cavalieri, teria orientado as duas testemunhas do estupro a mudarem seus depoimentos dentro do Cartório Abreu, ditando para o que deveriam declarar, mas a justiça não aceitou que mudassem seus depoimentos. Ao procurar o Cartório Abreu, a advogada, anunciou que a “declarante desejou expor que a denúncia inicial não foi verdadeira”, diz a gravação com a voz da advogada, Depois ela passou a declarar o que as duas vítimas deveriam dizer em seus depoimentos.
Hoje, o problema, reside no município de Coari, mas já ocorreu em outros municípios também, em décadas recentes. O dinheiro sempre foi a fonte de todos os problemas políticos, administrativos e de gestão vivido nos municípios amazonenses, com a total conivência da Justiça Eleitoral e da Constituição que diz que “todos são inocentes até o trânsito em julgado da sentença condenatória”. Usando essa artimanha legal e jurídica a seu fator, Adail Pinheiro, preso pela pela Polícia Federal na operação Vorax, a Justiça Eleitoral permitiu a candidatura do “ficha suja”, conseguiu concorrer e ganhar de novo como se fosse um “ficha limpa”, usando várias medidas jurídicas a favor dele. Tudo poderia ter sido evitado se a Justiça Eleitoral, em todas as suas instâncias, tivesse impedido a candidatura do prefeito Adail Pinheiro, acusado e condenado por ter violentado meninas de nove a quinze anos. Mesmo dizendo-se inocente de todos os crimes, com robustas provas, o prefeito foi condenado a mais de 11 anos e dez meses de prisão e está ocupando uma cela no Batalhão de Cavalaria da PM, em Manaus. Os outros condenados no mesmo processo, continuam soltos.
Só para recordar, na década de 80, os municípios de Presidente Figueiredo, recém criado pela Constituição Estadual, desmembrado de Rio Preto da Eva e Novo Ayrão. O município de Novo Ayrão e Presidente Figueiredo, disputaram por anos, os recursos dos pagamentos feitos pela Mineração Taboca S/A, pela exploração da maior mina de cassiterita a céu aberto do mundo. Durante as disputas, Novo Ayrão trocou de prefeitos várias vezes e Carmelita Cebo Mendes chegou a assassinar seu companheiro conhecido por Ferrari e Presidente Figueiredo se manteve firme com seu primeiro prefeito eleito com pouco mais de 170 votos, o jornalista de A CRÍTICA, Mário Jorge, ex-assessor do deputado estadual Waldir Barros, mas que também tinha seus defeitos e, agindo com impetuosidade e prepotência que o dinheiro lhes dava. Mandou abrir uma vala em frente a comércio de um adversário seu, para impedi-lo de trabalhar. O dinheiro e a possibilidade da malversação de seus recursos em benefício próprio, sempre esteve por trás de tudo! O problema da disputa só foi resolvido quando o juiz da comarca de Novo Ayrão, Aristhoteles Thury, hoje desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas, anos depois do processo ter sido iniciado, ter sentenciado que os recursos oriundos dos tributos pagos pela extração da cassiterita deveriam ser destinados e depositados na conta do município de Presidente Figueiredo e não distribuído entre os dois municípios, como fora feito por muitos anos, até a sentença final.
Como mais um dos desmandos atribuídos ao prefeito preso, além dos danos causados pelas manifestações de rua no município de Coari, troca de quatro prefeitos, um juiz decidiu não empossar o segundo colocado na disputa, Raimundo Magalhães, como mandara o TSE. Em relação a Coari, o Ministério Público o acusa o ex-prefeito preso de ter pago 100 mil reais para cada uma das duas testemunhas que foram coagidas a mudar seus depoimentos, sob ameaça de morte de membros de suas famílias e estão também envolvidos o advogado Fabrício de Melo e o filho do prefeito conhecido como “Adailzinho”, que ofereceram o dinheiro as duas testemunhas, mas a Justiça não aceitou que mudassem seus depoimentos. O tenente-coronel Willer dos Santos Abdala, diretor de comunicação da PM/AM, nada explicou ao repórter do programa Fantástico, quando perguntado se o prefeito tinha ou não feito uso do gabinete do comandante da Cavalaria para se reunir com as pessoas de seu staff, dizendo que tudo teria que ser apurado.
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