A Caixa do povo e a privatização do Governo
A Caixa Econômica Federal (CEF) foi criada em 1861 com o intuito de ser um banco para acolher as demandas financeiras das pessoas que viviam no Brasil na época do Império (até 1889), passando por vários processos de mudanças, sendo que nas últimas décadas vem se transformando numa importante opção rentável de apoio às políticas sociais do governo. Essa Empresa Publica Federal, competente como instituição financeira, sempre despertou interesse de investidores em operações passivas, bem como elevando a massa de crédito com as operações ativas, despertando também o desejo de muitas pessoas ingressarem no seu quadro funcional.
Para tranquilidade de todos, clientes, funcionários e comunidade em geral, a CEF não será privatizada, e nem abrirá o seu capital para a iniciativa privada, o que a tonaria uma sociedade de economia mista. Porém, o Banco do Brasil S/A., que já passou quase 30% do seu capital para investidores estrangeiros, que tem como sócio majoritário o Governo federal, com 51% das ações ordinárias (só existem as ordinárias mesmo), tem também o seu valor como instituição financeira rentável e lucrativa, mas pouco se sabe da sua participação social em benefício da população menos favorecida.
A Caixa é a intermediária financeira principal das ações sociais do governo, beneficiando quase 80% dos seus créditos a pessoas de baixa renda, que há décadas são desprotegidas de apoio de crédito no Sistema Financeiro nacional tradicional, além de financiar projetos de infraestrutura e crédito imobiliário, sendo a gestora do FGTS - Fundo de garantia por tempo de serviço, dos programas de Assistência social, como por exemplo, podemos citar “Minha Casa Minha Vida”, que proporciona a realização do sonho da aquisição da casa própria a vários brasileiros; além do “Bolsa família, Cartão Cidadão, seguro-desemprego, Pis, loterias, o FIES – Fundo de financiamento estudantil, que empresta recursos para pagar estudos às faculdades privadas, nesse caso entendemos como um erro, pois esses recursos deveriam servir para abrir novas faculdades públicas cada vez mais pobres e sucateadas, possibilitando criar mais oportunidade de acesso de estudantes de baixa renda ao ensino superior. Hoje esses filhotes do FIES pagam prestações e juros para estudar. Portanto, seria muito melhor que fossem construídas mais Universidades públicas, para que pudéssemos transformar essa pátria usurpadora da educação numa Pátria Educadora de verdade.
Mesmo quando o ambiente seja de economia em desaquecimento, aumento dos juros, alta da inflação, explosão do valor do dólar, contas públicas e balança de pagamento deficitárias, e elevação da dívida pública total, a Caixa vem se mantendo como defensora de quem mais precisa, independente de ideologias idiotas de eventuais partidos que de vez em quando chegam e se acham donos do País.
Quando os Sindicatos passam para o lado do governo, por estarem recebendo vantagens de todos os tipos, os trabalhadores ficam mais vulneráveis, e no caso da Caixa, os bancários passaram a ter mais preocupação, fazendo manifestações, quando perceberam as ações pelegas desses tais "representantes dos trabalhadores" apoiando e exigindo apoio dos funcionários dos bancos estatais, abertamente a eleição de uma facção, cujos vários membros do alto escalão estão sendo julgados e condenados pelas mais altas cortes da justiça brasileira. Deu no que deu.
A imagem institucional e a importância da Caixa nunca podrão ser privatizadas. É só parar um pouco para comparar a quantidade e o papel social dos programas de governo dentro no Banco do Brasil, com capital de economia mista, as demais instituições financeiras do Sistema Financeiro Nacional e a atuação da Caixa em todos os recantos do Brasil.
Muitos estudantes de concursos públicos questionam os professores sobre possibilidades de privatizações de empresas públicas, inclusive da Caixa, explicamos que não vislumbramos essas possibilidades, em face da democracia existente no Brasil, diferente de regimes autoritários de currais como a Venezuela e Cuba, por exemplo. Lá quem manda é o governo. O povo é uma simples figuração manipulada. A CEF sempre viveu com os seus próprios pés, gerando lucros, horando os seus compromissos, tendo nos seus funcionários muita garra, preparo e determinação, sem precisar de capital privado, muito menos de capital estrangeiro. Nos anos de 2011 a 2015 pagou contas do governo federal, numa atitude totalmente irresponsável do gestor. Os funcionários denunciaram essas pedaladas, pois em sua grande maioria sempre pautaram as suas atitudes por princípios éticos, respeito, transparência, responsabilidade, honestidade e compromisso, num plano de ascensão na carreira profissional, buscando aperfeiçoamento em buscar novas oportunidades de crescimento empresarial, melhoria da empregabilidade e elevação dos níveis de resultados financeiro e social da empresa.
Caixa é muito mais que um banco, e, acima de tudo, um patrimônio dos brasileiros, realizando sonhos e construindo a realidade social de um País melhor, facilitando acesso a produtos e serviços bancários a toda população brasileira, sem quaisquer tipos de discriminação ou preferências sociais, além de possibilitar a realização profissional dos empregados concursados, que fazem parte dessa empresa pública, orgulho do Brasil, que deve ser imune a interferência política partidária em seus quadros, dizendo: Vem pra Caixa você também! Vem!
Em 2016 vocês viram que até a propaganda ficou vinculada à copa do mundo, mesmo denunciados os desmandos nas construções de tantos estádios, sem nenhuma necessidade, mas a corrupção gosta de grandes obras.
Foram explodindo grandes escândalos na Petrobras, no BNDES, no INSS, no BNB, no setor elétrico, na Receita Federal e, por incrível que se lhe pareça, até na Caixa. Será porque queriam acabar com a empresa?
Sem a privatização, a Caixa continuará cada vez mais forte, precisando abrir concurso para novos empregados, a fim de melhor atender a tantos pobres do nosso achacado País chamado Brasil.
Na Bandeira Nacional está escrito: Na Caixa o mais importante é ter "Ordem e progresso". Quem tiver culpa, que pague, mas deixem a Caixa seguir sua missão institucional de fomentadora das políticas sociais do Brasil. Tenho dito!