AS QUARESMEIRAS DO MEU CANTO.
“Se a poesia não surgir naturalmente como as folhas de uma árvore, é melhor que não surja mesmo.”
(John Keats, poeta inglês)
Durante grande parte do ano, elas se confundem com o verde da mata.
Seria por timidez?
Claro que não, elas estão acumulando energia, sorvendo da terra os nutrientes e aguardando o momento certo para dizer; “eis-me aqui, estou viva e linda !”
E é assim que, infalivelmente, explodem em lágrimas de sangue e anunciam a Páscoa, num roxo que, coincidentemente (?) , é a cor adotada por essa passagem bíblica!
Lamentavelmente, a fria lógica da ciência, batizou-a como “Tibouchina granulosa” que, perdoem-me, mais parece nome de doença venérea.
Segundo os Tamoios, cujas três tribos habitavam a ilha de Paquetá, sua origem deve-se ao fato de que, ao sentirem que seriam dizimados pelos soldados portugueses, invocaram seus deuses e, para reafirmarem a posse da terra, rogaram que árvores fossem ali criadas com as três cores adotadas pelos respectivos caciques: o amarelo do Ipê, o roxo da quaresmeira e o rosa da paineira.
Todas essas árvores fazem parte da mata atlântica que, lutando contra a maléfica ação do homem, graças a Deus, permanecem enfeitando a vida e, quando florescem juntas, compõem um eloquente testemunho da existência divina.
Aqui, no meu canto, procuro o anúncio Pascal dentro da floresta que me circunda e, com alegria juvenil, me rejubilo ao perceber o surgimento de tímidos tons violáceos, que à medida que o tempo passa, vão criando corpo até trombetearem sua magnífica presença.
Como divina combinação, ipês, paineiras ou fedegosos florescem próximos como a, conscientemente, querer dar-lhe respeitoso destaque.
Eu, como privilegiado observador, procuro, a cada dia, um novo ângulo, anseio pela plena florada dessas esplêndidas árvores, pelo magnífico contraste com o verde permanente da mata e agradeço a Deus por me permitir participar desse espetáculo grandioso.
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(dedicado ao Criador, com humildade)
Foto do autor
“Se a poesia não surgir naturalmente como as folhas de uma árvore, é melhor que não surja mesmo.”
(John Keats, poeta inglês)
Durante grande parte do ano, elas se confundem com o verde da mata.
Seria por timidez?
Claro que não, elas estão acumulando energia, sorvendo da terra os nutrientes e aguardando o momento certo para dizer; “eis-me aqui, estou viva e linda !”
E é assim que, infalivelmente, explodem em lágrimas de sangue e anunciam a Páscoa, num roxo que, coincidentemente (?) , é a cor adotada por essa passagem bíblica!
Lamentavelmente, a fria lógica da ciência, batizou-a como “Tibouchina granulosa” que, perdoem-me, mais parece nome de doença venérea.
Segundo os Tamoios, cujas três tribos habitavam a ilha de Paquetá, sua origem deve-se ao fato de que, ao sentirem que seriam dizimados pelos soldados portugueses, invocaram seus deuses e, para reafirmarem a posse da terra, rogaram que árvores fossem ali criadas com as três cores adotadas pelos respectivos caciques: o amarelo do Ipê, o roxo da quaresmeira e o rosa da paineira.
Todas essas árvores fazem parte da mata atlântica que, lutando contra a maléfica ação do homem, graças a Deus, permanecem enfeitando a vida e, quando florescem juntas, compõem um eloquente testemunho da existência divina.
Aqui, no meu canto, procuro o anúncio Pascal dentro da floresta que me circunda e, com alegria juvenil, me rejubilo ao perceber o surgimento de tímidos tons violáceos, que à medida que o tempo passa, vão criando corpo até trombetearem sua magnífica presença.
Como divina combinação, ipês, paineiras ou fedegosos florescem próximos como a, conscientemente, querer dar-lhe respeitoso destaque.
Eu, como privilegiado observador, procuro, a cada dia, um novo ângulo, anseio pela plena florada dessas esplêndidas árvores, pelo magnífico contraste com o verde permanente da mata e agradeço a Deus por me permitir participar desse espetáculo grandioso.
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(dedicado ao Criador, com humildade)
Foto do autor