Popozuda

Escrever é como morrer. Alguns “escritores” se perdem pelo caminho. Apesar de ser uma arte milenar, poucos são os que ariscam levar para o papel ou para as pedras os seus manuscritos por completo. Muitos os guardam em suas cabeças e os levam para o túmulo, com isso perdemos textos que jamais serão lidos.

Acredito que nenhum escritor de sã consciência sabe o que pode acontecer no segundo parágrafo, mas tudo pode ter, até o que não parece ser.

Quem publica seus escritos põe o pescoço na guilhotina, paga para ver. Raríssimos foram os que não escreveram nada e estão mais vivos do que os Imortais. Sócrates foi um desses iluminados, quero estar vivo quando nascer outro como ele. Contam que ele saía às ruas para ouvir as pessoas, com isso, levava seus interlocutores a comungarem com suas ideias.

Tenho muita dificuldade em acreditar que Sócrates existiu em carne e osso, para mim, que sou mais leigo do que a Estátua da Liberdade em matéria de filosofia, ele foi apenas uma artimanha que Platão criou para explicar suas ideias. Não dá para acreditar que Platão viveu grudado em seu palanque o tempo todo. Esta hipótese é muito simplista.

Não foi só a Grécia que nos encantou com os seus pensadores fantásticos, nós brasileiros temos uma pensadora promissora, aquela que profetizou: “aqui dois papos não se cria e nem faz história”. Depois desta pérola juro que tenho vontade de jogar no lixo tudo que sei sobre esse tal de Sócrates e o fulano Platão. Já achava que eles não eram lá essas coisas, mas agora vou sair correndo pra comprar o CD dessa diva de bunda grande e coxas grossas.

“Deus está morto! E quem o matou fomos nós!” Quem nos disse isto foi Nietzsche. Só que, depois que conheci esta “pensadora”, deixei de acreditar nele. Pois, quem o matou, foi o beijinho no ombro.

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 27/03/2015
Reeditado em 03/10/2017
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