A Natureza da Regra

Ninguém percebe o tempo passar, até o primeiro fio de cabelo ou barba branco surgir. Ninguém reclama do frio, até o primeiro tremor sacudir nossas articulações. Ninguém se dá conta que é infeliz, até sentir um vazio em seu coração. Só notamos as coisas quando já estão aqui, do nosso lado, e isso nos torna algo que, às vezes, não queremos, humanos. E como somos humanos. Cheios de si e de falhas, de arrogância destemida e fria. Desejamos ao próximo tudo, menos aquilo que desejamos para nós. E achamos certo agirmos dessa maneira, culpando o “Sistema” pelas nossas maldades. Entretanto, não enxergamos uma verdade clara: somos quem da vida e forma a esse “Sistema”.

Não aceitamos injustiças e injúrias de outros, mesmo que para nos defender deles, lançamos mão das mesmas armas. O jardim do vizinho é mais bonito, e fazemos questão de dizer o contrário, só pelo prazer de fazê-lo. Vivemos, então, um dilema confuso e irracional. Uma confusão tão absurda que só sendo bicho, ou louco, para compreender. Este texto, por exemplo, não escapa à regra. Vai entender!

Wagner de Azevedo
Enviado por Wagner de Azevedo em 27/03/2015
Reeditado em 27/03/2015
Código do texto: T5184640
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