A Gatinha e o Dinossauro
- Você é feio.
- E você é lindíssima.
- Não sou não.
- É sim.
- Não sou. Não sou. Não sou.
- Você não tem celulite.
- Tenho sim.
- Você não tem pelanca.
- Teeeenho.
- Tá bem. Mas estria você não tem.
- Mentiroso. Tenho sim. E tenho muitas.
- Então me deixe ver...você não é oligofrênica.
- Bobo...Claro que sou.
- Então você não é...deixe-me ver...maníaco-depressiva.
- Sou sim. Pergunta pra mamãe.
- Ah, já sei o que você não é: você não é inadimplente.
- Sou muito mais que você.
- Você só usa a parte de baixo do biquíni.
- O que é que tem?
- Você é atrevida.
- Não sou.
- Não é prognata.
- Sou sim.
- Não é zarolha.
- Soooouuuu.
- Não tem pai nem mãe.
- Tenho pai, mãe, vovó, vovô e o Júnior.
- Suas orelhas são proporcionais e seus olhos radiantes.
- Não são não. Você é que feio e velho.
- Você é criancinha de colo.
- Não sou, não sou, não sou, não sou, não sou, não sou.
- Você está com sono.
- Não estou.
- Está sim. E é criancinha de colo.
- Não sou. Quer ver quantos anos eu tenho?
- Mostre a carteira de identidade, bebê.
- Eu tenho tudo isso, ó...- mostrou os quatro dedinhos.
- E eu tenho tudo isso, ó – e mostrei doze vezes a mão espalmada.
- Mentira sua. Ninguém é tão velho assim.
Quando a mãe a encontrou, depois de procurá-la desesperadamente pela praia, ela dormia tranqüilamente em meu colo. Eu havia esperado que os pais a encontrassem com medo de que pensassem que eu queria roubar aquela coisinha linda andando com ela à procura da família.
- Você é feio.
- E você é lindíssima.
- Não sou não.
- É sim.
- Não sou. Não sou. Não sou.
- Você não tem celulite.
- Tenho sim.
- Você não tem pelanca.
- Teeeenho.
- Tá bem. Mas estria você não tem.
- Mentiroso. Tenho sim. E tenho muitas.
- Então me deixe ver...você não é oligofrênica.
- Bobo...Claro que sou.
- Então você não é...deixe-me ver...maníaco-depressiva.
- Sou sim. Pergunta pra mamãe.
- Ah, já sei o que você não é: você não é inadimplente.
- Sou muito mais que você.
- Você só usa a parte de baixo do biquíni.
- O que é que tem?
- Você é atrevida.
- Não sou.
- Não é prognata.
- Sou sim.
- Não é zarolha.
- Soooouuuu.
- Não tem pai nem mãe.
- Tenho pai, mãe, vovó, vovô e o Júnior.
- Suas orelhas são proporcionais e seus olhos radiantes.
- Não são não. Você é que feio e velho.
- Você é criancinha de colo.
- Não sou, não sou, não sou, não sou, não sou, não sou.
- Você está com sono.
- Não estou.
- Está sim. E é criancinha de colo.
- Não sou. Quer ver quantos anos eu tenho?
- Mostre a carteira de identidade, bebê.
- Eu tenho tudo isso, ó...- mostrou os quatro dedinhos.
- E eu tenho tudo isso, ó – e mostrei doze vezes a mão espalmada.
- Mentira sua. Ninguém é tão velho assim.
Quando a mãe a encontrou, depois de procurá-la desesperadamente pela praia, ela dormia tranqüilamente em meu colo. Eu havia esperado que os pais a encontrassem com medo de que pensassem que eu queria roubar aquela coisinha linda andando com ela à procura da família.