PUTAS

Elas enfrentam situações perigosas, fogem da navalha dos psicóticos dentro do quarto do hotel barato e têm o rosto marcado pela desconfiança.

São mulheres da noite, pra lá e pra cá, à procura de freguês nas avenidas movimentadas; usam perfume ordinário, pintam os lábios de vermelho berrante, se alimentam mal e fogem da polícia. Têm olhar desafiador pra vida.

Com saias curtas pra exibirem as pernas, blusas decotadas pra mostrarem meios-seios, são mulheres na vitrine à disposição dos homens que pagam... São putas, mas graças a Deus, protegidas por Ele.

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OBS.: Esta crônica está registrada na Biblioteca Nacional.

Elysio Lugarinho Netto
Enviado por Elysio Lugarinho Netto em 08/06/2007
Reeditado em 21/01/2009
Código do texto: T518196
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