Analisando nós “caipiras”
CAVALO ENXUTO
Autores Lourival dos santos
e
Moacir dos Santos
Eu tenho um vizinho rico
Fazendeiro endinheirado
Não anda mais a cavalo
Só compra carro importado
Eu conservo a minha tropa
O meu cavalo ensinado
O fazendeiro moderno
Só me chama de quadrado
Namoramos a mesma moça
Veja só o resultado
Um dia a moça falou
Pra não haver discussão
Vamos fazer uma aposta
A corrida da paixão
Granfino corre no carro
Você no seu alazão
Eu vou pra minha fazenda
Esperar lá no portão
Quem dos dois chegar primeiro
Vai ganhar meu coração
Ele calibrou os pneus
Apertou bem as arruelas
Eu ferrei o meu cavalo
Que tem asas nas canelas
O granfino entrou no carro
Pulei em cima da sela
Ele funcionou o motor
E fechou bem as janelas
Chamei o macho na espora
Bem por baixo das costelas
Eu entrei pelos atalhos
Pulando cerca e pinguela
Quando terminou o asfalto
Ele entro numa esparrela
Numa estrada boiadeira
Toda cheia de cancela
Cheguei no portão primeiro
Dei um beijo na donzela
Quando o granfino chegou,
Eu já estava nos braços dela
O progresso é coisa boa
Reconheço e não discuto
Mas aqui no meu sertão
Meu cavalo é absoluto
Foi Deus a natureza
Que criou esse produto
Essa vitória foi minha
E do meu cavalo enxuto
A menina hoje vive
Nos braços deste matuto.
CAVALO ENXUTO
Autores Lourival dos santos
e
Moacir dos Santos
Eu tenho um vizinho rico
Fazendeiro endinheirado
Não anda mais a cavalo
Só compra carro importado
Eu conservo a minha tropa
O meu cavalo ensinado
O fazendeiro moderno
Só me chama de quadrado
Namoramos a mesma moça
Veja só o resultado
Um dia a moça falou
Pra não haver discussão
Vamos fazer uma aposta
A corrida da paixão
Granfino corre no carro
Você no seu alazão
Eu vou pra minha fazenda
Esperar lá no portão
Quem dos dois chegar primeiro
Vai ganhar meu coração
Ele calibrou os pneus
Apertou bem as arruelas
Eu ferrei o meu cavalo
Que tem asas nas canelas
O granfino entrou no carro
Pulei em cima da sela
Ele funcionou o motor
E fechou bem as janelas
Chamei o macho na espora
Bem por baixo das costelas
Eu entrei pelos atalhos
Pulando cerca e pinguela
Quando terminou o asfalto
Ele entro numa esparrela
Numa estrada boiadeira
Toda cheia de cancela
Cheguei no portão primeiro
Dei um beijo na donzela
Quando o granfino chegou,
Eu já estava nos braços dela
O progresso é coisa boa
Reconheço e não discuto
Mas aqui no meu sertão
Meu cavalo é absoluto
Foi Deus a natureza
Que criou esse produto
Essa vitória foi minha
E do meu cavalo enxuto
A menina hoje vive
Nos braços deste matuto.
Analisando às letras do nosso folclore sertanejo, vemos à mudanças que sofreu a forma de compor dos nosso poetas do passado e de agora, hoje não se vê mais, apesar de à violência ser maior, as letras que falam de mortes.... A não ser nas composições horrorosas do Rap e outros derivados do gênero. No mundo caipira deixou-se de contar as tristezas de homens matando mulheres e depois lamentando a morte na prisão, o que eu acho que foi um grande avanço, pois a musica está como arte para cantar o amor ou como diversão para alegrar às pessoas e não levá-las a desejar ou imitar valentões.
No passado víamos muito disto e também à simplicidade dos poetas nas suas criações. Esta letra de dois consagrados compositores à exemplo de muitos outros, nos traz alguns lances divertidos e que merecem ser analisados, não a titulo de menosprezar uma letra de tanto sucesso no passado e porque não dizer que até hoje ainda é sucesso.
A letra conta uma história de dois homens disputando o amor de uma mulher, até aí tudo bem, isto vai existir enquanto houver macho e fêmea no planeta. Mas o desfecho é que é inadmissível... Pelo menos para mim seria.
Os dois namoravam a mesma moça, e ela resolveu decidir aquela situação digamos meio constrangedora de uma vez, propôs aos interessados fazerem uma aposta para ver quem seria o seu marido, ora, ora... Claro está que ela não amava a nenhum dos dois, ou melhor: Estava pouco se lixando para os dois, o desejo dela era de se casar, não importando quem ganhasse a disputa, se fosse o rancheiro pobre, ela de qualquer forma estaria casada e se fosse o rico também.
Daí eu pensei acá com os meus botões, se ganha o rico ela estaria melhor, pois teria uma vida mais tranquila e passeando na roça para rever os pais, sempre poderia dar para o rancheiro pobre, e se ela casasse com o pobre, ele, “o rico” até poderia também tirar suas casquinhas enquanto ela ainda fosse jovem, pois certamente se encheria de filhos e aí nem o compadre Tião iria querer mais.
Na fritada dos ovos, eu é que não ia querer me casar com uma peste destas, imagine só. E o caipira ganhador da disputa estava todo cheio de vida pensando que fez um bom negócio, mostrando para o rico que seu cavalo era melhor do que a carroça motorizada dele, será que nem por um instante ele pensou naquele absurdo de casar com aquela vaca só porque era bonita? Se eu fosse ele tinha topado a aposta, ganho a corrida e entregue o prêmio para o perdedor. Mas entre nós caipiras de plantão, esta música é o top de linha das modas sertanejas.
Se eu também? Claro sou caipira e tenho de conviver com o simples e entender o complicado. Um abraço galera.
No passado víamos muito disto e também à simplicidade dos poetas nas suas criações. Esta letra de dois consagrados compositores à exemplo de muitos outros, nos traz alguns lances divertidos e que merecem ser analisados, não a titulo de menosprezar uma letra de tanto sucesso no passado e porque não dizer que até hoje ainda é sucesso.
A letra conta uma história de dois homens disputando o amor de uma mulher, até aí tudo bem, isto vai existir enquanto houver macho e fêmea no planeta. Mas o desfecho é que é inadmissível... Pelo menos para mim seria.
Os dois namoravam a mesma moça, e ela resolveu decidir aquela situação digamos meio constrangedora de uma vez, propôs aos interessados fazerem uma aposta para ver quem seria o seu marido, ora, ora... Claro está que ela não amava a nenhum dos dois, ou melhor: Estava pouco se lixando para os dois, o desejo dela era de se casar, não importando quem ganhasse a disputa, se fosse o rancheiro pobre, ela de qualquer forma estaria casada e se fosse o rico também.
Daí eu pensei acá com os meus botões, se ganha o rico ela estaria melhor, pois teria uma vida mais tranquila e passeando na roça para rever os pais, sempre poderia dar para o rancheiro pobre, e se ela casasse com o pobre, ele, “o rico” até poderia também tirar suas casquinhas enquanto ela ainda fosse jovem, pois certamente se encheria de filhos e aí nem o compadre Tião iria querer mais.
Na fritada dos ovos, eu é que não ia querer me casar com uma peste destas, imagine só. E o caipira ganhador da disputa estava todo cheio de vida pensando que fez um bom negócio, mostrando para o rico que seu cavalo era melhor do que a carroça motorizada dele, será que nem por um instante ele pensou naquele absurdo de casar com aquela vaca só porque era bonita? Se eu fosse ele tinha topado a aposta, ganho a corrida e entregue o prêmio para o perdedor. Mas entre nós caipiras de plantão, esta música é o top de linha das modas sertanejas.
Se eu também? Claro sou caipira e tenho de conviver com o simples e entender o complicado. Um abraço galera.