TRIBUTO À MEUS PAIS
Não nego ser saudosista, e como tal vou relatar um pouco da vida de uma família pobre, simples... Na época éramos seis irmãos.
Meu pai ( descobrí faz pouco ser de descendência portuguesa ) embora ele sempre nos dissera ter sangue indígena.
Meu pai era calmo, não gritava com ninguem, mas sabía fazer valer sua autoridade. Nunca o ví assoviando, cantarolando sequer. Tambem nunca o ví gargalhar, ( tinha um jeito peculiar de sorrir ) seu corpo sacudia todo no momento do seu riso... Mas sem sonoridade!
Tinha muitos amigos, e sempre foi um pai protetor!
Em compensação, meu pai cantava como ninguem lindas canções de ninar.
Sendo eu a filha mais velha, não ouví as canções de ninar, que com certeza cantou para mim. Mas acompanhei o embalar eo ninar de meus irmãos.
( Meu Deus como me lembro! E como era lindo! )
Meu pai era tambem um exímio narrador de histórias, tinha o poder de manter a todos em silêncio e de olhos pregados nele!
Minha mãe era filha de poloneses, falava a língua, lía, rezava e cantava em polones... Não aprendemos sua língua de orígem, porque meu pai tinha idéias de nacionalismo, achando que vivendo na Pátria Mãe ( Brasil ) devíamos respeito à nosso idioma. Não o vejo como ignorante... E sim entendo que o verdadeiro motivo era a dificuldade da língua para ele.
Nossas noites passadas à beira do fogão a lenha, eram muito agradáveis.
Enquanto preparava o jantar, minha mãe nos fazía petiscos... Como batata
assada, amendoíns torrados.
Eram nestes momentos bem familiares, que ela dava vazão à sua sensibilidade, romantismo e ao amor devotado à terra de seus pais!
Então para nós cantava lindas canções em polonês... Ouvíamos em silêncio, embevecidos pela sua interpretação e bela voz... Mesmo sem en-
tender uma única palavra. Mas logo ao término atendendo à nossos rogos,
traduzía para o português... Eram canções que falavam de guerra e de despedidas.
Minha mãe tambem cantava enquanto trabalhava no serviço da casa...
Adorava cantar!
Ela era muito especial... Por isso não pode ficar muito tempo entre nós!
Mas... Na sua breve passada pela Terra, conseguiu deixar um rastro de luz!
Obs: Os perdí... mas nunca vou perder os ensinamentos e a felicidade daquela época. Um ciclo fechou!! ( sabemos todos, que a vida é cíclica ) mas as lembranças destes momentos só se diluirão, quando meu
tempo chegar!
Não nego ser saudosista, e como tal vou relatar um pouco da vida de uma família pobre, simples... Na época éramos seis irmãos.
Meu pai ( descobrí faz pouco ser de descendência portuguesa ) embora ele sempre nos dissera ter sangue indígena.
Meu pai era calmo, não gritava com ninguem, mas sabía fazer valer sua autoridade. Nunca o ví assoviando, cantarolando sequer. Tambem nunca o ví gargalhar, ( tinha um jeito peculiar de sorrir ) seu corpo sacudia todo no momento do seu riso... Mas sem sonoridade!
Tinha muitos amigos, e sempre foi um pai protetor!
Em compensação, meu pai cantava como ninguem lindas canções de ninar.
Sendo eu a filha mais velha, não ouví as canções de ninar, que com certeza cantou para mim. Mas acompanhei o embalar eo ninar de meus irmãos.
( Meu Deus como me lembro! E como era lindo! )
Meu pai era tambem um exímio narrador de histórias, tinha o poder de manter a todos em silêncio e de olhos pregados nele!
Minha mãe era filha de poloneses, falava a língua, lía, rezava e cantava em polones... Não aprendemos sua língua de orígem, porque meu pai tinha idéias de nacionalismo, achando que vivendo na Pátria Mãe ( Brasil ) devíamos respeito à nosso idioma. Não o vejo como ignorante... E sim entendo que o verdadeiro motivo era a dificuldade da língua para ele.
Nossas noites passadas à beira do fogão a lenha, eram muito agradáveis.
Enquanto preparava o jantar, minha mãe nos fazía petiscos... Como batata
assada, amendoíns torrados.
Eram nestes momentos bem familiares, que ela dava vazão à sua sensibilidade, romantismo e ao amor devotado à terra de seus pais!
Então para nós cantava lindas canções em polonês... Ouvíamos em silêncio, embevecidos pela sua interpretação e bela voz... Mesmo sem en-
tender uma única palavra. Mas logo ao término atendendo à nossos rogos,
traduzía para o português... Eram canções que falavam de guerra e de despedidas.
Minha mãe tambem cantava enquanto trabalhava no serviço da casa...
Adorava cantar!
Ela era muito especial... Por isso não pode ficar muito tempo entre nós!
Mas... Na sua breve passada pela Terra, conseguiu deixar um rastro de luz!
Obs: Os perdí... mas nunca vou perder os ensinamentos e a felicidade daquela época. Um ciclo fechou!! ( sabemos todos, que a vida é cíclica ) mas as lembranças destes momentos só se diluirão, quando meu
tempo chegar!