SOLIDARIEDADE

Todos precisamos de ajuda. Ninguém consegue viver só. Podemos até nos amar, porém não podemos fazer amor sozinhos.

Esta semana houve um dia em que ao sair da hidroginástica, indo para o carro vi uma colega cadeirante tentando atravessar a rua e subir a rampa da calçada. Eu, entre o prestativo e a falta de noção fui ajudá-la. Sem experiência empurrei quando ela dizia: não coloque força.

Não temos noção da nossa força de um cadeirante e empurrei. Quando fiz isto ela foi direto ao chão. Entrei em desespero para consertar, mas só fazia trapalhadas quando tentava, até que um terceiro entrou na história e me tirar dos apuros ajudando-a.

Minutos antes eu já tentava ajudá-la a sair da piscina. Ela disse faça uma concha com as mãos, eu fiz e impulsionei, quase que a atirei do outro lado. Não havia maldade. Era falta de noção mesmo, misturada à necessidade de querer ajudar ao próximo. Vi que eu também preciso de ajuda para entender e compreender aos que precisam, sejam eles cadeirantes ou não.

Pensei sobre mim e refleti sobre tantos outros “sem noção” como eu, desde o poder público que pensa ajudar e atrapalha. Seja com cadeirantes, cegos ou outra deficiência. Eu já vi corredor para cego com poste em cima. Se o cego não estiver atento quebra a cabeça.

Por isto resolvi escrever este texto reflexivo, um “mea culpa” para que os que me leem pensem e reflitam: E SE FOSSE COMIGO?

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20.03.15

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 21/03/2015
Código do texto: T5177469
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