Perolas do judiciário brasileiro
Alguns membros do Poder Judiciário têm divertido a população brasileira com suas atuações ou declarações públicas.
Um caso, que rendeu gargalhadas nas redes sociais, foi de um advogado que colocou uma receita de pamonha no interior de uma petição. Alegou que a ação foi para provar que os Juízes não leem as petições dos Advogados. E não é que o Advogado estava correto. O dito de que a justiça é cega parece ser verdadeira. O juiz não percebeu a presença da receita de pamonha na petição e assinou o documento. O fato foi publicado num portal Jurídico.
Há quem afirme que após ficarem cientes do caso, os juízes se apressaram a ler as petições que tinham assinado. Dizem que nunca os juízes leram tantas petições. Foram pilhas e mais pilhas de petições lidas. Um cansaço. Além das leituras, cada juiz fazia figas e rogava a todos os santos que não tivesse sido ele o autor da assinatura da fatídica petição. Foram dias de muita leitura e muita tensão.
Houve alivio geral quando um juiz esbravejou, adjetivando um advogado de moleque. Os demais cessaram as cansativas leituras, respiraram aliviados e exclamaram. – Ufa. Foi ele, ainda bem.
Outro caso que chamou a atenção foi do Juiz que mandou apreender os carros do falido empresário Eike Batista. Foi flagrado dirigindo o veículo Porsche que mandara apreender. Ao ser questionado sobre o absurdo da atitude, sua majestade, digo, Sua Excelência afirmou que estava procedendo daquela forma para preservar a integridade do veículo. Disse que levou o carro para sua casa para evitar que o Porsche ficasse exposto à chuva e ao sol. É mole? Afirmou que nada havia de ilegal porque havia avisado ao Detran que estaria usando, digo, protegendo o veículo de avarias. Pode não ser ilegal, mas que é imoral é.
Não sei o que passa na cabeça de alguns membros do judiciário. Parece que alguns acreditam estar na corte, não na jurídica, mas na corte imperial. Também parece que creem ou se imaginam imperadores.
Vamos continuar o relato com o caso do juiz, de São Gonçalo no Rio de Janeiro, que no passado entrou com um processo no STF exigindo que os funcionários do condomínio onde reside, o chamassem de Doutor ou Senhor. O juiz considerava um absurdo ser chamado por você pelos funcionários do condomínio. Esbravejava e dizia “você não, chame-me de Doutor”. O magistrado esqueceu que respeito a gente não impõe, conquista.
Outro caso que repercutiu bastante na imprensa e nas redes sociais, provocando indignações e gargalhadas, foi do Juiz que mandou prender a agente de trânsito. Ao ser abordado em uma blitz de trânsito, por estar sem os documentos necessários para dirigir um veículo, disse à agente que era juiz. A agente respondeu que juiz também precisa usar documentos para dirigir, e que ele era juiz, mas não era Deus. Porque a agente foi dizer isto. O juiz esbravejou e lhe disse. - Ah é, então eu não sou Deus? Você está presa. A agente respondeu. – Mas é o senhor que está sem documentos. O Juiz respondeu. – Mas é você quem está presa. Além da prisão, a agente de trânsito foi presenteada com uma multa.
Findarei este texto com a resposta de um magistrado do estado de São Paulo, sobre o polêmico auxílio moradia. Disse o Desembargador que o benefício era um disfarce para aumentar os salários dos juízes. Acrescentou que a verba poderia ser usada para viagens à Miami, para comprar ternos e relaxar. Esclareceu que esta atitude deixaria os juízes bem vestidos, porque o cargo assim requer, e, igualmente, tal verba ajudaria os juízes a não ficarem estressados e com depressão, e que isto era benéfico para a sociedade. Com esta perola, finalizo o texto.