MINISTRO DA JUSTIÇA PEDIU DEMISSÃO, MAS POR QUÊ?
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Por que o Ministro da Educação, Cid Gomes, chamado de mal educado, pelo “bem-educado” e investigado presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, para quem apontou o dedo e reafirmou que ele seria um dos “propineiros” do esquema de desvios de verbas na Petrobras, que classificou como “acharcadores” do dinheiro público, teria pedido para deixar o barco do Governo do PT? O pedido de demissão do ministro pode ser entendido e analisado de maneiras, ângulos e vertentes diferentes, agora ou para um futuro político que se avizinha e chega rápido. Como jornalista e assistente social, tentarei identificar possíveis causas e razões para o pedido de demissão.
Ao se dirigir à Câmara Federal para pedir desculpas aos parlamentares, voltou repetir tudo irritou aos parlamentares. Depois, quando começou a ser ofendido e ter sua palavra cerceada pelo presidente da Casa, abandonou o recinto da Câmara. Antes, chamou os parlamentares de “oportunistas” e recomendou que deveriam, abandonar o barco quase afundando do PT, como se fossem ratos em disparada fugindo da água eminente. A Nau do PT ainda voltar a navegar com tranquilidade. Contudo, o pedido de exoneração do Ministro da Educação Cid Gomes, aceito pela presidente Dilma Rousseff fora, antes, anunciado pelo presidente da Câmara. Será que ele já pensava na hipótese de a presidente Dilma ser afastada e, como o primeiro na linha sucessória do poder, ele assumiria a presidência? Quem há de saber, mas que foi estranho esse anuncio destemperado, ah, isso foi mesmo!
Honrando os brios dos nordestinos e da linha política adotada pelo ex-governador do Ceará, o agora Ministro da Educação, pediu para deixar o Governo, dizendo que não queria causar mal estar no Governo, mas causou. Talvez tenha saído por incompatibilidade ou por não concordar com os últimos acontecimentos ou talvez, ainda, porque, sendo um político com muitas artimanhas, deseje colher dividendos políticos mais tarde pela sua decisão ou quem sabe, ainda, deseje ser candidato à presidência da República, contra um possível candidato do PT e se apresentaria como um adversário e usaria seu pedido demissão como fato político, pensando quem sabe que isso poderia lhe ser positivo durante uma possível campanha majoritária. Hoje, na teoria, existem inúmeros partidos no Brasil; Na prática, porém, só existem dois: o que está no poder e todos os outros que desejam se unir em alianças para chegar ao poder, mesmo que sem ideologia, projetos a curto, médio ou longo prazos.
O Ministro reconheceu que a reafirmação do que dissera aos estudantes em Belém e que tinha sido orientado a pedir desculpas em plenário, criaria dificuldades para a base do Governo, mas garantiu que não queria criar constrangimento e pediu para sair em caráter irrevogável. O Palácio do Planalto o substituiu provisoriamente pelo secretário-executivo da pasta, Luiz Cláudio Costa, que presidiu o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais e fora secretário do MEC em 2014, quando a pasta era chefiada por Henrique Paim.
Depois de pedir exoneração e como ex-Ministro defendeu a presidente Dilma Rousseff por considerá-la com “qualidades necessárias” para governar o país. Disse que ela desejava mudar tudo, com a justiça apurando e punindo a todos que estivessem envolvimento com o esquema de corrupção da Petrobras, na Operação Lava Jato, investigada pelo Supremo Tribunal Federal. Na opinião do ex-Ministro, o Congresso Nacional, teria se transformado no “antipoder” e apostaria no “quanto pior, melhor”, frase repetida diversas vezes garantindo que todos “pregam a instabilidade institucional do país. Cid Gomes, perguntou aos jornalistas: “vocês viram quantos deputados do PP recebiam mensalidade de um diretor da Petrobras? Isso é o que era a base do poder de Dilma?”.
Depois de dizer que lamentava pela sua falta de educação, considerar o legislativo como um poder fundamental para a democracia, o ex-ministro também lamentou a atual composição política na Câmara e no Senado, disse que temia pela Educação no Brasil porque teria muito a fazer e ele estava entusiasmado, mas a atual conjuntura política “impede a minha presença”. O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Piccini (RJ), também lhe caindo a carapuça de “acharcador”, disse que se Dilma Rousseff não demitisse o Ministro, passaria aos deputados a mensagem de que concordaria com o que dissera, chamando a base de sustentação ao Governo “oportunismo” e que não desejavam “largar o osso” ou seja, deixar o Governo e assumir postura de oposição, como se houvesse oposição política, além dos movimentos sociais que protestam nas ruas, mas que sempre erram na escolha.
Será que o ex-Ministro estaria errado, ao apontar para o presidente da Câmara Eduardo Cunha e dizer que preferia ser chamado de mal educado do que ser uma pessoa que “achaca” empresas que prestam serviços à Petrobras? Tenho dúvidas, muitas dúvidas!