COMO TORNAR-SE UM POETA?
 
De repente tu adentras em um mundo desconhecido, algo que te toca profundamente, mas que na verdade pouco sabes ou nada sabes.Tens tua labuta profissional e vives a brincar do que muitos chamam de poetar. Isso pode até despertar o teu prazer em tornar-se algo que nunca você foi, não tinha pensado em ser e talvez nunca o seja. És hipócrita contigo mesmo, em pensar ou afirmar que faz tudo por um  mero prazer pra saciar o teu ego, besteira! O que tu realmente querias era que teus amigos, tua cidade, teu pais e até o mundo tivesse lendo os teus rabiscos, algo que é tão fácil como atrevessar o Rio Madeira em uma casca de melancia...
Eis que tua mente é bombardeada por questionamentos incisivos, que tendem a te perturbar em busca de respostas, e quem as terá? 
 
Será que o que escreve é poesia? Ou são só palavras previamente selecionadas e metrificadas?

Será que tua alma está em tuas letras, e o teu narrador como ele se comporta na subjetividade contextual de cada leitor?
 
Qual é a tua ideologia?  Será que não queres apenas te servir da poesia e buscar fama?

Num mundo viciado em telas eletrônicas, quais os índices de livros de poesia lidos nesse país,  onde a cultura apodrece nas prateleiras.
 
São tantos os questionamentos, mas voltando ao que te torna um poeta ou então o que faz com que tu te julgues um poeta. 
 
Um dia desses eufórico em mostrar um de meus rabiscos para um alguém, intitulado e legitimado um Profissional da Poesia Portuguesa, lhe enviei um de meus textos, e recebi a  mais nobre lição que um aprendiz de poeta poderia ter, ele respondeu-me com as seguintes palavras:
 
'' Construir um poema é mandar guardar um fragmento da vida, se tiver alguém que o guarde, ainda que ninguém o leia, já terá valido todo o trabalho do ‘construtor’, saber disso é de artista''.
 
Fiquei  calado e relendo as palavras, apenas agradeci e ponto.
 
Seria tão bom, se fossemos realistas/verdadeiros, mas na verdade os sentimentos convencionais ainda impedem o ser humano. Então não nos enganemos já que estamos em um lugar onde muitas vezes, não dizemos ao colega nem se quer se o seu texto tem erros ortográficos ou exacerbados pelo  contrário, ainda o elogiamos e o parabenizamos. Sendo assim caro amigo, como vamos saber se estamos escrevendo algo bom, ou estamos apenas brincando com as letras, e trocando visitas e comentários...
 
Não estou aqui recriminando ninguém, estou apenas compartilhando com vocês algumas opiniões, e acredito que muitos de vocês são conhecedores disso.

Fazemos o que queremos e quando queremos, mas dificilmente vais encontrar aquele que irá te dizer - Isso tá ridículo, isso não diz nada e não vale nada, e ainda que o faça, ele certamente também não vai te mostrar o caminho das pedras.
 
Imagina você ser encarado por um crítico  literário que te perguntar, que tipo de Poeta és tu, ou é apenas mais um trocador de rimas ou versos livres?
 
O bom é que não precisamos provar nada a ninguém, ou precisamos?
O bom é que o que eu escrevo é sem pretensão nenhuma, “ Don't make me laugh..”

E quem pode te ajudar se você realmente quiser encarar isso com seriedade?


 Hoje descobri quem pode me ajudar e vou compartilhar com você.
 
Sou eu mesmo.

Sou eu que tenho que acreditar em minhas ideias, sou eu que tenho que me esforçar para ler mais e estudar mais, sou eu que tenho que melhorar minha técnica, sou eu o primeiro a saber quando meu texto tá um lixo, sem nexo, sem nada, só palavras selecionadas, sou eu...
 
E o resto deixarei para Deus e Chronos decidir.
 
Minha Gratidão e Obrigado Pela Atenção.


 





 
Fabio S Ribeiro
Enviado por Fabio S Ribeiro em 18/03/2015
Reeditado em 03/11/2015
Código do texto: T5174255
Classificação de conteúdo: seguro