O QUE TE INCOMODA?

Muitos vivem a espalhar suas inconformações, frustrações pessoais nos convívios que estão ao seu alcance. A internet é uma boca de vazão receptora desses desavindos. Chegam em portas alheias deseducadamente, sem maneiras requeridas pela usual educação, não convidados, nos fazendo entender a censura prévia que muitos exercem contrariamente ao princípio constitucional em gênero que a veda.

Mostram seus problemas enviesadamente, o que salta aos olhos de quem está acostumado com essas posturas. O que ocorre? Creem fortemente que todos têm traços de incorreção, onde se incluem, logo que não se excluem. É o espelho próprio. Façam um teste. Procurem ver aqueles que buscam confrontos nesse espaço, seus textos, embora pobres. Eles martelam nesse libelo que generaliza a incorreção como padrão. É só uma constatação.

Todos teriam dívidas com a consciência e com as leis bem como com a ética em gestos e condutas, ou seja, sua maneira de viver é a dos outros e generaliza sua imagem que entende ser a de todos. Têm com absoluta certeza uma dificuldade de viver em paz em suas intimidades, em seus convívios próximos.

Normalmente vivem entre as paredes do ressentimento e da inveja. Incomoda sua relação com sua alma e o que têm os outros, o que conseguiram e o que são, obviamente. Vivem a amargura da não aceitação do que são. Querem que todos sejam iguais. Não é possível esse maniqueísmo de um lado só, fiquem com seu lado péssimo e deixem os outros com suas escolhas.

Não estão satisfeitos com o que são como pessoa, o que representam para o mundo. Nem poderiam estar.

Ninguém que mira os outros e não a si, projetando sua alma escura e pretendendo que todos sejam assim, renovando quizilas e conflitos, remoendo e triturando ressentimentos com a vida, consigo mesmo e com espelho direcionado para terceiros, terá paz.

Deviam viver não na casa dos outros, pois em algum momento ficará claro que a liberdade não é total, há uma restrição de modos e meios.

A indicação desse estado de alma são os confrontos permanentes com as pessoas. A alma agradece, e os que são incomodados também, e isto não é autoajuda, pois a autoajuda, diz o vocábulo, não se encontra em livros ou “baboseiras” comerciais, está dentro de nós mesmos e de nossa vontade. É bom se orientar e não achar que a incorreção é o caldo de cultura de todos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 16/03/2015
Reeditado em 16/03/2015
Código do texto: T5172287
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