CRÔNICA DE UMA DESABRIGADA

"vai ser a maior enchente de todos os tempos".

A menina ouvia o anúncio no seu radinho motorola, sentada ao lado de sua mãe. ribeirinha como era, e para uma garotinha de 8 anos, não tinha medo de água. sabia nadar desde aos 2 anos.

mas aquilo era novo. uma onde de intranquilidade assolava o olhar de sua mãe. Até então sempre demostrara segurança para ela e seus 8 irmãos.

Nenhum deles sabia quem era o pai, muito menos o caçula, que recebera por misericórdia e favor de algum seringueiro, a permissão para sua mãe morar debaixo de uma casinha velha, á beira do rio Acre, nas cercanias de Rio Branco.

Á noite foram surpreendidos pela velocidade da enchente. Sairam correndo desesperados... ela caiu e bateu a cabeça.

Acordou atordoada, numa casa grande de madeira.

Deram-lhe abrigo, comida e cama.

mas logo descobrira que se tratava de um puteiro.

(Esta crônica é uma ficção, mas bem que pode ser a vida de alguns dos desabrigados das enchentes que ocorrem todos os anos na região norte -E OS POLÍTICOS PREOCUPADOS EM SE MANTEREM NOS CARGOS: ABAIXO DILMA E TIÃO VIANA)

Beto Lisboa
Enviado por Beto Lisboa em 16/03/2015
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