A atriz Glória Pires sempre mereceu minha admiração.
 
Revelando insuperável talento, até o momento, ela convenceu bastante com atuações impecáveis, fazendo seus personagens ganharem vida e encantarem o telespectador.
É possível notar que Glória Pires, quando estava no auge da mocidade, jamais precisou apelar para a sensualidade.
Certamente ela não é uma daquelas que ganhou destaque mostrando as curvas, mexendo com a libido de quem assiste a novelas, tentando substituir boas interpretações pela sedução barata e vazia.
 
Assim seguia a jornada da fascinante atriz.
Agora, na novela Babilônia (novela que estréia à noite), Beatriz, uma mulher viciada em sexo, exigirá de Glória Pires, contando 61 primaveras, exatamente o que ela nunca teve.
A personagem, recordando uma cadela no cio, transa, sem qualquer cerimônia, com um marceneiro o qual ela acaba de conhecer.
Ela encontra o rapaz reformando seu apartamento, não resiste, poucos minutos depois, no chão da sala, pratica sexo com o rapaz.
Isso é apenas o começo. Mais tarde a personagem vai transar com o motorista de um ricaço, futura vítima do famoso golpe do baú o qual pretende aplicar.
 
Fica claro que a novela, alimentando o jogo sujo do IBOPE pelo IBOPE, ofertará cenas “fortes” almejando prender as pessoas na frente da TV.
É o pecado da televisão sem conteúdo.
Dessa vez um pecado maior, pois propõe a uma atriz consagrada provar o novo, usar “atributos” dos quais ela nunca precisou.
 
* Lastimo que Glória Pires, depois de percorrer uma estrada tão bacana, aceite “descer degraus”.
 
O que seria da velha xícara de café sem o pires?
Ficaria faltando algo, perderia a graça, o café não teria o mesmo gosto.
 
A conhecida Pires, interpretando uma tal de Beatriz, vai abandonar o charme, a preciosa elegância e assim desfazer alguns pontos da glória conquistada, a carreira brilhante a qual possui.
Que pena!
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 16/03/2015
Reeditado em 16/03/2015
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