Regras são regras
Outubro de 2000. O dia era do Santo lá de Assis. No fundo do quintal minha então sogra lhe rendera homenagem à moda católica, acendendo um maço de velas.
A festa ia animada quando alguém de lá chamou: Paeeeeê! Era o Caio, meu filho de apenas 2 aninhos. Diante da minha inércia por não querer sair de minha cadeira e por não entender o que na sua indecifrável linguagem tentava me dizer, pegou na minha mão e desesperadamente me arrastou para o fundo do quintal. Lá chegando, estufou o peito e com aquele ar misto de orgulho e apreensão pela aprovação mostrou-me uma bateria de velas. Todas apagadas. Sem saber o que dizer ante o acontecido, até porque "dá azar" apagar vela de santo, fiquei estático até que habilmente meu filho iniciou uma reconstituição do ritual que certamente produzira há pouco: Batendo palmas e pulando Cantarolou em sua tenra pronúncia o nosso tão conhecido Parabéns!