SEXTA FEIRA, 13, NA ESCOLA (Minha eterna Sexta Feira,13, mesmo que seja um Sábado, ou Domingo, ou primeiro de abril.)
O acontecimento dessa tarde é digno de uma Sexta Feira, 13, três mães foram à escola defendendo os filhos por jogar objetos no ventilador da sala. Eu os entreguei à coordenadora, e ela solicitou a visita das mães à escola. Até então, eu nem sabia sobre seus pensamentos a meu respeito, mas só até então, pois, estava sempre bem intencionado e me esforçando por eles. Pelo que eu, quem deveria acusá-los, saí acusado de maltratar e querer mal os alunos. Disseram sobre eu ter mandado os filhos delas tomar no c... e o outro disse que o chamei de gay. Meu erro foi denunciá-los, não os chamei de nada, e por que faria, se conheço muito bem minha responsabilidade profissional; se assim não fora, eu nunca estaria zelando pela ordem! Mas, ainda que o tivesse chamado, hoje em dia, chamar alguém de gay é um elogio! Deplorável é essa resistência em aceitar o legado, isso sim é homofobia! Atribuíram-me seus pecados. No final, quando eu esperava a repreensão dos meninos por estarem depredando o bem público e desacatando um funcionário público no exercício legal de sua função, tornou-se uma implicação moral, ou melhor, imoral para ambas as partes. Se fossem mais criativos em mentir, poderiam dizer que eu lhes chamei de burro, por que outros já o fizeram. E a classe toda estava de testemunha. No entanto, eu já estava torcendo para ficar livre daquela situação, e sair dali, fugir da celeuma, sem maiores consequências. Com tudo, os poderes operantes da Sexta Feira, 13, façam justiça, que sejam os votos de meus encostos.
Jamais foi assim, mas agora, alunos brigam, com o apoio dos pais, pelo o direito de fazer tudo que querem na escola. O professor, meu colega, me contou da sua Sexta Feira, 13, no seu trabalho do noturno, depois de dois meses de aula, a aluna matricula-se e aparece, do nada, em sala de aula. A matéria já estava em andamento avançado. No final da aula, daquela noite, O professor perguntou à classe se entendeu, e a dita cuja lhe responde, de forma ríspida, disse não ter entendido nada, ordenou que lhe explicasse novamente. Então, ele alegou ser a primeira aula dela naquele mês, por isso procurasse os colegas para acompanhar o conteúdo do bimestre de trabalho. Mas, o caldo engrossou, quando ela se mostrou conhecedora demais das leis que lhe dão direitos, e lhe disse em mau tom: — "Você é pago para isso."
Então eu garanto que se ela ainda não levou a mãe à escola, porque já é de maior, porém, com certeza, vai denunciar o professor, talvez já o fez! E foi também sua Sexta Feira, 13.
Nessa mesma noite, eu passei por mais uma dessas, completando meu augúrio do dia, pedi a uma aluna ler em voz alta, e ela se negou, então forcei a barra, insistindo que não quebrasse a sequência da leitura dirigida. Foi quando uma atrevida intercessora, repreendendo-me, como o faz com o Demônio, disse para eu não expor a moça assim. E eu lhe retruquei, pedindo que não me expusesse assim também, afrontando meu planejamento daquela aula. Esta, também, vai me denunciar. Na EJA, eles "sabem tudo", só precisam do diploma gratuito para endossá-los.
Todas as coisas ruins constroem nossa Sexta Feira, 13, mesmo sendo um Sábado, ou Domingo, ou primeiro de abril. É quase certo, na educação atual, todos os dias são Sexta Feira, 13. Todavia me conforto nas palavras de William Shakespeare: "Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida."
Sobretudo, meu apocalipse se estende, no dia seguinte, sonhei que estava em um bosque sombrio e assustador de árvores altas e grossas, então ali, um burro de grande porte investia velozmente em minha direção com a boca arreganhada, cheia de dentes afiados à mostra, pronto a me morder. Em cima do enraivecido animal, estava uma criança bem montada e confortavelmente o direcionava! Eu tão ligeiramente me esquivava, escondendo-me por detrás dos troncos, repetidas vezes, corria de uma para outra árvore. Então, acordei em aflição, para atender o celular, era uma mãe de aluno pedindo-me explicação sobre uma atividade virtual Ufa! Ita fiat!!!