ESTABILIDADE INSTITUCIONAL. IMPECHEAMENT.
Temo pela razoável estabilidade institucional em que vivemos. Não por passeatas ou legítimas manifestações de quem quer que seja, legitimo direito de todos com quaisquer colorações.
O grande eixo que move as sociedades é a economia. Ninguém pode esperar estabilidades quando a mesa que antes tinha provisão satisfatória resulta carente ou primeiríssimas necessidades antes providas ficam esvaziadas e súplices por saciedade.
As moedas são retrato dessa organicidade que resta ameaçada.
Quando o dólar, referência mundial do padrão monetário chega à altura ontem atingida mostra a bússola do refúgio, do temor dos que têm suas economias pequenas, que impulsionam a economia, mínimas ou máximas, buscando segurança no lastro do país primeiro em PIB, os EUA, com quinze trilhões por razões inquestionáveis, gostem ou não as pessoas; trabalham muito e estudam desde novos, têm gestão pública democraticamente vigiada com cumprimento das leis satisfatoriamente, onde “big boss” e homens públicos vão para o cárcere por crimes.
Esta a sustentação de um PIB que alavanca a moeda. Ao final uma tabela do PIB de 2011, onde o hiato do primeiro para o segundo, a China, já mostra essa distância de difícil aproximação.
Não me seduzem hábitos americanos, embora reconheça a força de suas inclinações e esquema de educação e principalmente um rasgo aberto e indiscutível de democracia.
Alexis De Tocquevile, autor de envergadura histórica mundial, em seu livro “ Da Democracia Na América”, se desloca para este rincão, um egresso das conquistas marcantes, e como sociólogo que vai ver de perto como funciona uma democracia, e diz que usa o “estudo do sistema penitenciário” dessa nação para na realidade avaliar de perto seus hábitos políticos, e fala que não deixa de ser interessante constatar que o “alfa e o ómega” da sociologia é o homem, parecendo ser a sociedade coisa intermediária.
E diz: “querem fazer de mim um homem de partido e eu não o sou de modo nenhum. Atribuem-me paixões quando não tenho mais que opiniões; ou melhor, não tenho senão uma paixão, o amor da liberdade e da dignidade humanas.” Minha escola.
Mostra a força da democracia nessa nação, que o impressiona, cujo PIB da tabela que vai ao final demonstra, pelo rigor do respeito às leis, embora nada seja perfeito, pois imperfeito é o homem.
Esse respeito pelas liberdades e pelas leis resulta em prova inequívoca do trabalho e suas riquezas e da circulação da moeda por força decorrente do trabalho.
Façam-se as comparações. O Brasil foi descoberto com oitos anos posteriores aos EUA, com mesmas potencialidades e território, bem como riquezas inexploradas. Estamos onde estamos e eles onde estão. Que se diga que fomos explorados pelos portugueses e ficamos de pé datam somente duzentos anos. Aceito em parte, e lamento, e eles colonizados finalmente pelos ingleses.
Importa que sua moeda é forte e as nações que se contrapõem a esse modelo democrático viveram e vivem um estado caótico. Venezuela e similares, na América ou não, e congêneres na história política dos regimes castradores do maior bem humano, a liberdade. Veja-se o caos no rastro das sequelas da cassação de liberdades.
Esse o cuidado que devemos ter. Colega do Recanto me indagou sobre possibilidade de “impecheament”. Isso não existe no momento, o brado “Dilma Fora” é manifestação legítima da irresignação daqueles que não podiam avaliar que o momento que atravessamos e irá piorar era o óbvio e inevitável, fosse quem fosse o Presidente. Faltou sinceridade em dizer para os desinformados claramente qual era a situação, cuja insinceridade entre outras fica mais clara quando se dizia reduzir a energia e ela aumenta 50 por cento, fossem quais fossem as causas.
As mazelas de gastar para monopolizar nas trocas da tal base aliada trouxe, fora as outras causações, o que se vive, ministérios cujas competências sempre estiveram em outros e que foram desdobrados para agradar aliados com cargos, enfim gastos.
O que importa agora é fazer cessar eventual desestabilização, opondo-se e emendando as casas congressuais as medidas necessárias para melhorar um pouco a avassaladora inflação que pode cada vez mais ganhar corpo. E pelo voto ir se construindo a estrada que estabilize uma desestabilização que se avizinha. O pior não é melhor que o bom!
Nada de “impecheament” é possível que só se motiva por crime de responsabilidade, no curso do mandato, atual, definidos os ilícitos em lei infraconstitucional por força do poder originário, Constitucional, ocorre ao ensejo, nem foi provado, nem o financiamento de sua campanha por dinheiro vindo do crime. No ensejo, ao que sei, nada nesse sentido é prova formal, necessário para o procedimento, A NÃO SER QUE SURJA FATO NOVO.
A insinceridade calando o que ia ocorrer não sustenta “impecheament”.
Qualquer jurista que assim afirme é parcial, partidário. Importa caminhar com segurança, através dos meios legais, para estabilizar, e no momento próprio nas urnas, mostrar a irresignação através do sufrágio universal.
EM TRILHÕES DE DÓLARES.
1- EUA 15.060.000 2011
2- China 6.989.000 2011
3-Japão 5.855.000 2011
4 -Alemanha 3.629.000 2011
5 - França 2.808.000 2011