NA NOITE

Tirou o sapato, despejou a pedrinha. Sua unha encravada, estava quase curada

O chuveiro gelado não deixou que cantasse, nem podia ver filme pois a luz acabou

Precavido mantinha uma vela no óleo, avistou na parede sua sombra de triste

Ele estava sozinho, nova noite,de novo. O cri-cri no gramado fez quebrar o silêncio, melodia de grilos deu tristeza na alma

Desejou que a coruja estivesse com fome e livrasse o quintal desses bichos sonoros.

Se deitou pra dormir mas o sono não veio, com a vela mais perto pôs-se a ler o Perfume

Invejou do olfato que tinha o Patrick, poderia cheirar pra onde ela foi

A saudade doía em lembranças tão vivas, fez levar muito além da historia que lia

Pôs o livro de lado, apanhou o remédio. Digitou nove números e falou com Marina, combinou um programa para a noite à fora

Ela veio solicita como sempre fazia, se entregou por dinheiro e fingiu que gozava

Ele até que sabia mas sequer se importou . Só queria sentir um prazer que sonhava

loboazul
Enviado por loboazul em 10/03/2015
Reeditado em 31/03/2015
Código do texto: T5165607
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