Com pé, sem cabeça
De repente, não sei bem quando, comecei a questionar as coisas que me diziam ser verdades absolutas. Acho que tudo aconteceu quando me escorei nelas e, senti que ali existiam somente umas cascas, por dentro um vazio e, em alguns casos senti um cheiro esquisito, podre, diferente daquilo que me descreviam.
Foi quando tentei encontrar meus caminhos sozinho e, dai, comecei a me deparar com as pessoas sem máscaras, algumas, que antes me sorriam de forma angelical, que apresentavam uma pele linda e limpa, agora revelavam sua verdadeira cara, horríveis por sinal.
Nestes questionamentos aflorados, comecei a visitar os locais amaldiçoados e, para minha surpresa, encontrei pessoas vivendo, de forma livre, sem amarras e sem regras. Pensei comigo; prá onde seguir?
Em meio a estes conflitos, achando que estava sozinho, encontrei companhia, parecia mais perdida que eu, no entanto, nos achamos da melhor maneira possível. Agora eu tinha com quem falar. Um dia não terei mais, preciso ser forte e acreditar no acaso, afinal, foi por ele que a vida me sorriu! (Rogério Ribeiro)