O ANALFABETO.

Li algo na WEB que “intelectualóides” nominam de analfabetos alguns “expoentes” nacionais, assim entendidos os que declinam essa “qualidade” e fazem proselitismo do analfabetismo, verdadeiro ufanismo, uma escola pois, e dizem não serem analfabetos os que verdadeiramente e absolutamente são analfabetos. Existem ícones nacionais do analfabetismo. A notoriedade não deixa espaço para dúvidas, a publicidade se encarrega do testemunho e faz história.

Analfabeto não é servir-se de um ou mais assessores e conseguir por meios escolhidos, indevidos ou não, tocarem uma obra. Já fiz casas para minha família, minha, e de meus filhos. Fiz com os engenheiros e arquitetos as plantas, com os mestres de obras a execução, estes últimos analfabetos.

Ser analfabeto não tira a condição para tocar uma obra, grande ou pequena, obedecendo a parâmetros antes alinhados. Mas não deixa a condição de analfabeto superada. Só se deixa de ser analfabeto estudando, se educando.

Não conhecer número e sua concordância gramatical é a primeira situação flagrante para demonstrar o analfabetismo. A ressonância auricular é clara, incomoda o ouvido, não precisa nem mesmo saber o que seja uma figura fonética, como a onomatopeia, seria pedir demais, ou a razão de ideia não mais ter acento por ser palavra paroxítona, ou seja, aquelas em que a acentuação cai na penúltima sílaba, e as com ditongos abertos “ei” e "oi" deixam de ser acentuadas, ou que o extinto trema não é acento, mas diérese ou ápices, como muitos, até mesmo professores de português acham ser acento. Trema é um diacrítico, do grego que implica em distinguir, “que distingue”. Se sobrepõe a certas vogais para indicar pronúncia separada da vogal precedente. Nem por isso o som se modifica com a extinção.

Não é impróprio dizer que o analfabetismo traz disfunção de apreensão, total, de seguidos e seguidores, a linha do alunado é a do professor, e lamentavelmente bravatas e falta de ética promanam do analfabeto. Fica claro principalmente no Brasil em altos escalões. O conseguir algo não significa deixar de ser analfabeto, pessoas de baixíssimo nivel educacional conseguem alguma coisa e as vezes muito,mas continuam analfabetos.

E não adianta fazer escola e proselitismo de que livro e preparo sejam ficção, isto sempre acaba mal. E não adiantam diplomas auferidos graciosamente em geral por encargos públicos, educação é patrimônio pessoal, ou se tem ou não. É o único investimento do qual ninguém pode nos desapossar.

Seguidores de analfabetismo, para não desigualar e por lógica comezinha, serão analfabetos. Ninguém tem nada a ouvir do despreparo, que se socorre para alguma sobrevivência do preparado. Um teatro onde bufões são orientados pelos diretores e escritores da peça encenada. Estes sempre com lucros pessoais.

Fique certo que o analfabeto sempre será analfabeto a não ser que estudando conquiste preparo e educação. Não há mágica para mudar essa condição, quem admira um analfabeto ou o analfabetismo se console e viva nessa ambiência, sem sobressaltos ou irresignação querendo mudar o que é imutável. Se sacie com o que gosta, há gosto para tudo,diz a máxima popular, e gosto não se discute. Quem em contrário achar que estude e aprenda história curricular, que se alfabetize,TAMBÉM.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 10/03/2015
Reeditado em 10/03/2015
Código do texto: T5165193
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