Será tarde para um diário? - IV
Quinta-feira, 15 de janeiro de 2015.
Feliz é o cavalo que, protegido pela tapa, não percebe o que se passa à sua volta, não se assusta, nem se desvia do caminho.
Não tive a mesma sorte.
Ele abriu meus olhos ao que sentia.
Fez-me saber seu olhar sobre mim.
E mais ainda, fez-me querer sua atençao.
Ganhou-me com tantos predicados que eu sequer poderia enumerar.
Para logo saber que seu carinho, sua presença, pouco duraria.
Veio, mas não ficaria.
Que ousadia tirar-me da paz de minha solidão.
Que maldade devolver-me à afliçao de uma nova solidão.