Solitário o Caralho

Eu estou aqui, vendo meu face, instagram, vendo algumas baboseiras na internet, fazendo nada de relevante, de produtivo de bom. Mas na verdade o que eu estou fazendo mesmo é tentando distrair a solidão.

Coisa triste é a solidão, a solidão é o verdadeiro mau do século, porque provêm dela os outros males, (depressão, alcoolismo, drogas, falta de amor próprio)

Difícil distrair a solidão, ela não é fácil de ser distraída. Mas a gente precisa dá um jeito nela. Na maioria das vezes conseguimos, ocupamos nossas cabeças com tudo que nos afasta dela. Porém tem dias que ela gruda na gente que nem um carrapato, que em vez de sugar sangue suga nossas almas.

Estar rodeado de pessoas e se sentir sozinho, se você é uma dessas pessoas, saiba que você não está sozinho, você faz parte de um grupo de milhões de pessoas que estão rodeadas de pessoas que se sentem sozinhas. É o paradoxo do mundo moderno. Estar conectado a tudo e ao mesmo tempo desconectado das pessoas. Talvez o nome disso seria a conexão da solidão, é uma rede mundial de solitários. (rsrs)

O mais importante da solidão é conexão que ela pode fazer a nós mesmos, a conexão consigo mesmo (Redundância).

Quero ser um solitário conectado a mim. Mas como discernir da solidão boa e ruim? Sendo que todos os dias sentimos aquele aperto, de olhar pro lado e não ver ninguém, ou de olhar e ver alguém com quem na realidade não gostaria de estar.

O solitário não é alguém que está sozinho, e sim alguém que se sente sozinho. O solitário não afasta as pessoas, o solitário é que se afasta de tudo e de todos. Preso em seu próprio mundo, querendo destruir as grades.

Mas como dizia um amigo meu - "solitário o caralho, sai dessa de pensar e vai curtir a vida, porque ela é curta" - Ironicamente ele morreu no mesmo dia que disse essa frase em um acidente de carro.

Então, não sei mais o que pensar. Só não queria mais ver tanta gente sozinha, tanta gente sem se dar uma chance, sem se permitir, com medo de arriscar, com medo de quebrar a cara, de perder tempo, sendo que talvez esse medo seja a verdadeira perca do tempo.

Brenner Vasconcelos Alves
Enviado por Brenner Vasconcelos Alves em 09/03/2015
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