Mensagens que edificam - 37

Se você tivesse que escrever uma sinopse da sua vida quem você diria que é ou o que você diria ao seu próprio respeito? Por via de regra normal você discriminaria o que há de melhor em virtudes humanas e, provavelmente se rasgaria de elogios pondo-se como exemplo a ser seguido, mas também num aspecto improvável pode ser que tu sejas realista e classifique-se como alguém que sob outro ponto de vista não seja investido de qualidades louváveis, entretanto neste segundo caso, com toda certeza haverá sempre uma justificativa ou uma tentativa de se eximir de qualquer culpa e, quem sabe dizer que és assim porque a vida o fez assim e ponto final. Na melhor das hipóteses ninguém admitiria com sinceridade que seja uma escória ou qualquer outra coisa que ponha em julgamento e condenação a sua própria vida e a sua história. Noutra suposição se tivesses que escrever a epígrafe do momento que estás vivendo qual seria esta frase? Dirias que este é o seu melhor momento ou a melhor fase? Ou que já teve situações de plena felicidade e o que vives agora são apenas lembranças e saudades? Ou será ainda que serias mais prospectivo e dirias apenas o que quer e o que pretendes? Se pudéssemos neste texto juntar as respostas de cada pessoa veríamos que nem todo sorriso é a expressão da felicidade, nem todo olhar é o escopo da emoção, como nem todo semblante apático é a tradução de insatisfação. Cada um de nós temos o nosso jeito de nos expressarmos, apesar do dito que os olhos são o espelho da alma, pode ser que não seja possível mergulhar no íntimo de outrém apenas com um olhar. Um olhar nunca dirá tudo, bem como um discurso, por mais longo que seja poderá ser vago e ainda dependerá de minuciosas explicações. Há pormenores em todos os seres humanos que jamais serão expostos numa sinopse, numa epígrafe, numa expressão facial ou numa dissertação verbal. A própria máxima grega “conhece-te a ti mesmo” é produto de uma verdadeira guerra da sua própria autoria, trazendo a conclusão que até mesmo aquilo que dizemos pode se perder no tempo, e se isso acontece já não há nada que nos compete senão vivermos o redundante presente momento e não nos importarmos com os resumos ou com as explicações que traduzam quem somos, o que estamos fazendo ou para onde iremos, mas vivermos quieta ou freneticamente o que nos foi concedido viver. Viva o dia de hoje e que venha o dia de amanhã!!!

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 08/03/2015
Reeditado em 08/03/2015
Código do texto: T5162372
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