Mensagens que edificam - 34

E na profusão das ideias voa sem asas a tão questionada inspiração... Tão livre e flutuante como uma nau à deriva, entretanto em mares de ventos calmos(será?). Nem todos os dias os gladiadores dos argumentos estão bem dispostos, mas sempre prontos e postos para qualquer advento que exija uma apresentação extraordinária. E na confusão das mais absurdas ideias vem montada num cavalo indomável a contestação não menos escabrosa de quem também está sempre bem disposto, não pra debater, mas pra bater em quem quer que seja, posto que o inimigo é qualquer um que se posicione na contramão dos seus princípios que mais se identificam com o fim. O fim do bom senso, onde o consenso é uma possibilidade não remota, mas extinta, neste fórum de combates, ou porque não dizer, nesta arena onde quem se esquiva do desnecessário confronto pode ser taxado como quem quem quer roubar a cena. E me pergunto: Quem é o real vilão e quem é o bom moço neste fronte de teses e neste campo minado onde cada frase pode ser interpretada como uma bomba pronta pra detonar? Tal como o soldado que não foge à luta, numa guerra impoluta desertores poderão ser condecorados, não como traidores, mas principais atores de um cenário onde o picadeiro se reserva para um restrito grupo de protagonistas. Não existem coadjuvantes. A batalha não oferece tréguas e a medida de sua intensidade não obedece regras nem réguas e o grande vencedor... O grande vencedor é todo aquele que se debruça sobre cada argumento e em meio a todo este tormento consegue decifrar, decodificar e não se conturbar com o resultado da interpretativa que pode não ser nem um pouco convencional. Na verdade, na real arena filosófica não existem espaços para trogloditas nem palhaços, mas nobres sobreviventes estadistas. Quem se habilita a apresentar o seu argumento sem se afetar com o relincho de um "homo-jumentus?"