Aprendi com o tempo



Aprendi com o passar dos anos que nada é definitivo, incluindo, logicamente, a nossa vida. Por vezes achamos que sempre seremos inflexíveis na defesa dos nossos posicionamentos se algum dia forem questionados. E quando isso ocorrer, os defenderemos até a morte, se preciso for, como uma espécie de pretensa autossuficiência na solução de quaisquer situações a que estejamos expostos. E essa visão distorcida é mais evidente quando ainda jovens e impetuosos, oportunidade em que geralmente adotamos determinadas atitudes na presunção tê-las avaliado de forma consentânea. Então, com base nesse pressuposto enfrentamos os obstáculos que se nos apresentem destemidamente, e quando batemos de frente com eles é que vamos reconsiderando as atitudes adotadas e paulatinamente as reavaliamos, até que a ficha caia definitivamente e nos faça perceber as tremendas burradas que fizemos. Com a chegada da idade, e com o corpo e o espírito cheio de cicatrizes, é que começamos a remendá-las paciente e conscientemente, agora na esperança de que não aconteçam novamente. 

Chama-se a isso: Maturidade.
Cronista
Enviado por Cronista em 05/03/2015
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