Alta, cabelos sedosos, corpo bem feito. Assim era a loura que portava, ao lado, um marido pequeno, magrela, meio calvo e mais feio do que filhote de coruja. Caminhavam pelo calçadão. No sentido oposto uma senhora olhou demoradamente o casal, mas se fixou mais no homem. A loura, com olhar furioso, perguntou: tá olhando pro meu marido por quê?
- Ahhhhhh... é seu marido é? Coitado.
- Coitado por quê?
- Porque deve ser muito difícil ter uma mulher como você. Segui o meu caminho e não pude ouvir o desenrolar dos diálogos, mas fui me perguntando o que faz uma pessoa ter uma autoestima tão baixa. Aquela loura poderia agradar a qualquer homem, antes de conhecer a sua personalidade, é claro. No entanto ela estava preocupada com as pessoas que olhavam para o marido. Imagino que ela tinha um ciúme doentio do sujeito.
Comigo acontece o inverso. Minha autoestima é tão alta que se estou caminhando, de biquine, e passa um sujeito e nem me olha, eu penso: coitada da mãe desse cara, tem um filho gay.
- Ahhhhhh... é seu marido é? Coitado.
- Coitado por quê?
- Porque deve ser muito difícil ter uma mulher como você. Segui o meu caminho e não pude ouvir o desenrolar dos diálogos, mas fui me perguntando o que faz uma pessoa ter uma autoestima tão baixa. Aquela loura poderia agradar a qualquer homem, antes de conhecer a sua personalidade, é claro. No entanto ela estava preocupada com as pessoas que olhavam para o marido. Imagino que ela tinha um ciúme doentio do sujeito.
Comigo acontece o inverso. Minha autoestima é tão alta que se estou caminhando, de biquine, e passa um sujeito e nem me olha, eu penso: coitada da mãe desse cara, tem um filho gay.