SER MULHER...
Prof. Antônio de Oliveira
antonioliveira2011@live.com
Dizem que por trás de um grande homem há sempre uma grande mulher. Verdade é que não devemos tomar ditos como esse ao pé da letra, pelo menos quanto ao “sempre”. Mas que tem fundamento, lá isso tem... Ou, pelo menos, dependendo da escala de valores de cada pessoa e do nível de mitificação dos heróis. Também pode não se tratar de um grande homem; nesse caso, trata-se de um homem conhecido através de uma mulher.
Assim: Adão através de Eva, Ulisses através de Penélope, Marco Antônio através de Cleópatra, Páris através de Helena de Troia, Dante através de Beatriz, Romeu através de Julieta, Abelardo através de Heloísa, Tristão através de Isolda, Tomás Antônio Gonzaga através de Marília de Dirceu, Shah Jahan através de Mumtaz Mahal, do lendário Taj Mahal; Perón através de Evita, Lampião através de Maria Bonita, a Fera através da Bela, o Vagabundo através da Dama, Bentinho através de Capitu, Shrek através de Fiona, Peri através de Ceci, Mestre-Sala através da Porta-Bandeira, Pierrô através da Colombina, Antônio através de Isa, Joaquim através de Ana, José e Jesus através de Maria, bendita entre as mulheres.
Na verdade, história é palavra feminina. E isso, eterno feminino, não diz nada? Diz, sim. Ou pode dizer. Pois o “ser” mulher é ser parceira, cúmplice, intermediária, espelho refletido, retrovisor. Quer mais? E ainda há quem diga que a mulher é o sexo frágil. Erasmo Carlos contesta: “Mas que mentira absurda”. Pois ele sabe “que a força está com elas”. Sobretudo nos dias de hoje. Dia da Mulher é, pois, o dia de comemorar o que a mulher já conquistou, sem política de cotas, contra uma discriminação histórica, cuja evolução ainda tem um longo caminho a percorrer, sobretudo em determinadas culturas. Em suma, Dia da Mulher é dia de cantar com Erasmo Carlos: “Mulher, mulher, do barro de que você foi gerada me veio inspiração pra decantar você nessa canção”. E a mim me veio inspiração para fazer esta homenagem...