DESUMANIDADE.

Concede entrevista médica inglesa, quarenta e seis anos, islâmica, afirmando que para derrotar os terroristas é preciso admitir que eles agem em nome de uma religião.

Quanta Ahmed trabalhava na Arábia Saudita quando as Torres Gêmeas foram derrubadas. Diz ela “fiquei chocada com o JÚBILO de meus colegas. Eram profissionais educados, profissionais de alto gabarito, alguns deles formados nos Estados Unidos”. Festejavam a barbárie. Caixa alta minha.

Quem fez juramento para salvar vidas, minorar sofrimentos, festejando uma das maiores atrocidades já vistas. Tudo em nome de uma religião, sim, pois religião é universo de pessoas que professam um mesmo credo.

Quanta é muçulmana e decidiu voltar para a Inglaterra, é filha de paquistaneses e devota islâmica, hoje é porta-voz do islamismo moderado.

Os Estados teocráticos nunca culminaram com bons desfechos, e isso é tão verdadeiro que hoje dá testemunho dos confrontos entre os próprios seguidores.

Cristo seria Profeta segundo Maomé, mas Cristo não pregava violência e um enorme universo islâmico vive de violência e de ausência de liberdade. Ter a todos como infiéis se não acreditam no Deus islâmico é negar a liberdade de todos para escolherem seus caminhos, suas religiões.

Há um vínculo formal na Charia, normas padrão de seu livro religioso, Corão, com condução dos Estados por seus princípios. Nenhuma igreja fora do islamismo tem liberdade para exercer suas práticas em determinados Estados Islâmicos. Agora se projeta com mais força esse caudal destruidor com a publicidade de um grupo que se nomina EI, Estado Islâmico, que nem Estado pode ser, pois Estado é nação politicamente organizada, com raça, língua e povo.

Nasce dessa vontade escravizadora a agressão arrogante à cultura, na incultura e idiotia de depredar valores maiores da cultura universal, destruindo esculturas iconográficas vetustas, incendiando bibliotecas milenares, como antigos vândalos que acabaram com muitas riquezas culturais romanas,e muitas das destruídas agora anteriores aos romanos. Nenhuma estupidez maior...

John Kenneth Galbraith, emérito historiador, indicava de seus escólios históricos, quiçá os mais respeitáveis contemporaneamente, que tivemos dois ismos avassaladores, nazismo e comunismo, superados, destroçados e destronados, como gênero e suas espécies de total insuficiência e irracionalidade, principalmente o último que ainda estertora já castrado em suas tolices, especialmente ausência de liberdade, maior bem humano. Só néscios não conhecem as convergências de tudo e todos necessárias ao desempenho e evolução sociais.

Galbraith sinaliza que a próxima desestabilização de liberdades viria pelo islamismo. Parece que tinha razão sua vidência.

Ninguém e nenhuma corrente que prega ausência de liberdade neste planeta faz sobreviver ideias imensamente tacanhas, ouça-se a história, leva tempo e sacrifício, mas não há possibilidade de sobrevivência.

Ainda que a humanidade de alguma forma seja majoritariamente egoísta, vise sua pessoalidade, e muito também por isso, não se despoja do que mais gosta, a liberdade.

Que os incautos prestem atenção nesse princípio, mesmo os ditos mártires terroristas buscam suas liberdades e celebrizações, egoistamente.

Ninguém é tão desumano que queira perder sua maior humanidade, a liberdade.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 01/03/2015
Reeditado em 01/03/2015
Código do texto: T5154357
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.