Trabalhistas e Malabaristas
“O trabalho enobrece!” Dita a burguesia desejosa do status aristocrático e impositora de lemas e temas para conformar a mão produtora que lhe é imprescindível.
A riqueza de uma classe, de um povo vem da produção de bens. Bens não só materiais, mas culturais também.
O trabalho enobrece, mas o ócio é criativo. Para se criar é necessário pensar. E o pensamento produz ideias. E as ideias trazem caminhos e oportunidades. Citamos a Inglaterra elisabetana. Aquela nação que projetaria as fábricas com a industrialização recreou-se nos teatros e peças de Shakespeare. Ela mesma, que impôs ao mundo o modo de produção capitalista, iria remodelar o teatro e contribuir com o jeito de ser britânico.
A cidade – Barbacena – mudou.
A globalização levou as fábricas têxteis e os “ilustres”. Trouxe prestação de serviços e artistas. Trouxe novas formas trabalhistas.
Grupos de teatro diversificam e querem espaço. Músicos multiplicam-se. Literatos contam histórias. Academias de dança surgem. A arte quer a cidade e a cidade quer arte.
Os trabalhadores do fazer artístico precisam se expressar. Os artistas ganham as ruas e a cidade recebe os artistas de rua.
No louco trânsito da cidade – outra mudança com a popularização do automóvel – pare e repare nos semáforos de Barbacena, além do sinal vermelho. Ali estão executando com seus pinos, maracás e bolinhas malabaristas para entreter neste ínterim parado todos aqueles trabalhadores no seu indo e vindo de casa e do trabalho.
Na praça novas gerações expressam suas musicalidades e poesias em saraus e novas tendências se fazem.
Valorizar os artistas locais é importante. A produção se faz em novas formas trabalhistas e a arte é a expressão do imaginário de um povo.
As formigas denunciam a proximidade do inverno e alimentam os fungos. As cigarras proclamam a primavera e se metamorfoseiam renovando seus encantos.
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 04/02/2015.
ESCREVA PARA O AUTOR:
conversandocomoautor@gmail.com
“O trabalho enobrece!” Dita a burguesia desejosa do status aristocrático e impositora de lemas e temas para conformar a mão produtora que lhe é imprescindível.
A riqueza de uma classe, de um povo vem da produção de bens. Bens não só materiais, mas culturais também.
O trabalho enobrece, mas o ócio é criativo. Para se criar é necessário pensar. E o pensamento produz ideias. E as ideias trazem caminhos e oportunidades. Citamos a Inglaterra elisabetana. Aquela nação que projetaria as fábricas com a industrialização recreou-se nos teatros e peças de Shakespeare. Ela mesma, que impôs ao mundo o modo de produção capitalista, iria remodelar o teatro e contribuir com o jeito de ser britânico.
A cidade – Barbacena – mudou.
A globalização levou as fábricas têxteis e os “ilustres”. Trouxe prestação de serviços e artistas. Trouxe novas formas trabalhistas.
Grupos de teatro diversificam e querem espaço. Músicos multiplicam-se. Literatos contam histórias. Academias de dança surgem. A arte quer a cidade e a cidade quer arte.
Os trabalhadores do fazer artístico precisam se expressar. Os artistas ganham as ruas e a cidade recebe os artistas de rua.
No louco trânsito da cidade – outra mudança com a popularização do automóvel – pare e repare nos semáforos de Barbacena, além do sinal vermelho. Ali estão executando com seus pinos, maracás e bolinhas malabaristas para entreter neste ínterim parado todos aqueles trabalhadores no seu indo e vindo de casa e do trabalho.
Na praça novas gerações expressam suas musicalidades e poesias em saraus e novas tendências se fazem.
Valorizar os artistas locais é importante. A produção se faz em novas formas trabalhistas e a arte é a expressão do imaginário de um povo.
As formigas denunciam a proximidade do inverno e alimentam os fungos. As cigarras proclamam a primavera e se metamorfoseiam renovando seus encantos.
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 04/02/2015.
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conversandocomoautor@gmail.com