ÁGUA SUJA. CORDEIRO E O LOBO.

Fábula é retórica que indica vício ou virtude e seu desfecho visa uma lição de moral.

Ontem assisti entrevista de empresário na Televisão. Dá testemunho de verdades intransponíveis da corrupção que todos conhecem historicamente como integrante do núcleo humano, NÃO DE TODOS OS HUMANOS. E nivela todos por baixo, todos seriam incorretos, desde a propina dada ao guarda a não pedir recibo ao médico, diminuído o que paga de consulta e trazendo sonegação.Ninguém escapa segundo ele.

Não sei de seu estilo nem de sua conduta, não o conheço, nem me interessa conhecer, não sei se nessas condutas alinhadas está se incluindo. Mas me exclua delas.

O MAL NÃO É NECESSÁRIO!

Leia-se Tomás de Aquino, ao menos. Falava sobre corrupção, não creio estar balizado para didáticas este empresário, didática do erro.

Fedro iniciou a fábula na literatura latina, sérias ou satíricas, tratando das injustiças, dos males sociais e políticos, expressando as atitudes dos fortes e oprimidos.

Fabulista da época dos imperadores Tibério e Calígula, no primeiro século da era cristã, e seguidor de Esopo.

Na fábula "O lobo e o cordeiro", Fedro parece ter se baseado nesses acontecimentos de sua época para, ao final, como lição de moral dizer que "esta fábula foi escrita por causa daqueles homens que oprimem os inocentes com pretextos falsos".

A partir dessas informações, é conveniente acrescentar que a leitura ou a interpretação que se faz nos dias atuais desses textos latinos, distancia-se, de certo modo, daquela realizada na sociedade romana da antiguidade. Isso significa afirmar que a interpretação de um dado discurso é realizada conforme o contexto histórico, cultural, político e social de uma determinada sociedade.

Um cordeiro estava bebendo água num riacho. O terreno em declive. Levantou a cabeça, avistou um lobo, também bebendo da água.

Sujando a água que eu bebo - disse o lobo, que procurava algum animal para matar a fome.

Não precisa ficar com raiva porque eu não estou sujando nada, (NUNCA SUJEI). Bebo aqui, uns vinte passos mais abaixo, é impossível acontecer o que o senhor está falando. (SEMPRE ESTIVE ABAIXO).

Você está usando a mesma água - continuou o lobo ameaçador - e sei que você andou falando mal de mim no ano passado. (SEMPRE USEI LIMPAMENTE, QUANDO USEI, PENSAVA O CORDEIRO).

- Não pode - respondeu o cordeiro - no ano passado eu ainda não tinha nascido. O lobo pensou um pouco e disse:

- se não foi você foi seu irmão, o que dá no mesmo.

- Eu não tenho irmão - disse o cordeiro - sou filho único.

- Alguém que você conhece, algum outro cordeiro, um pastor ou um dos cães que cuidam do rebanho, e é preciso que eu me vingue. Então ali, dentro do riacho, no fundo da floresta, o lobo saltou sobre o cordeiro, agarrou-o com os dentes e o levou para comer num lugar mais sossegado.

Ora, a água é de todos, o lobo diz que vai defendê-la depois de suja (POR QUEM?), mas ficou complicado depois que a água está toda contaminada na parte mais alta que desce o rio. E o lobo nunca foi confiável....

O mais importante: quem a sujou, o cordeiro ou o lobo, ou toda a matilha?

É FÁCIL RESPONDER....

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 27/02/2015
Reeditado em 27/02/2015
Código do texto: T5151947
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