Lapelas tantas
Eu escolho apreciar, apesar dos apesares!
Escolhi também fazer disso um acerto, pouco importando separar o que é certo do que é errado. Aliás, quanto a isso, já está mais do que decidido que para mim, isso de certo e errado, acaba de deixar de existir.
Vou mais além: toda essa coisa que para um é uma coisa e para o outro é outra, a partir desse exato instante, pelo menos no que posso optar, passa a ser uma coisa só.
Sequer sei ainda o nome disso que acabo de fundar, fundindo tudo numa coisa única, mas descobri também que não me importa dar nome ao boi ou a vaca, desde que continuem vaqueando boiadeiramente por aí.
Afinal, o que quer um boi? O que quer uma vaca? Qual a finalidade de uma flor, quando flor, senão brotar e florear aromática e coloridamente os jardins das estações?
Se eu fosse flor apenas, apenas isso quereria e acharia importante ser. Portanto, como acabo de me transformar nesse jardim sem nome, importante mesmo passou a ser unicamente contemplar-me, até reconhecer em tudo o que for jardim, aquilo que sempre está presente em tudo.
É isso aí, está escolhido e como apreciar se transformou em minha única escolha, que simplesmente tudo seja-me, independentemente do que flor!