ANGÚSTIA.
A angústia latente na sociedade vai se tornando dramática. Há angústia pelo passado e pelo futuro. Um conhecido outro surpresa. Mas a angústia do presente é a que mais compromete pois está sob os olhos, dimana do que ocorre e se processa.
Por que a angústia? A democracia (embora falte consciência como um todo do sistema) pode estar presente, ainda que falha e ausente de plenitude, mas pode acabar e voltar-se à barbárie, onde exista a democracia ainda que tênue.
No globo, faceta mundial clara, o antagonismo das representações se mostra absolutamente divisionário. Existe um cenário onde atores mundiais se declaram em condutas. Os direitos humanos ditados por órgãos competentes desaproximam do exemplo para nações integrantes, regras não coercitivas não são possíveis, só exemplificativas e reivindicatórias, por isso não se concretizam. O consenso, pela força, dos tratados, é pouco exercido.
O grande instrumento globalizador para a humanidade, internet, mais lúdico que galvanizador de conhecimento, se perde em movimentos superficiais. Algum lampejo de luz surge, como a internauta cubana que clamou por liberdade para o mundo por sua rede. A aproximação da humanidade está se desaproximando, como saldo positivo deficitário, ainda que máximos instrumentos estejam disponíveis, isto é histórico.
O conhecimento não é informação, conhecimento é informação organizada. Essa organicidade depende de meio facilitador pouco colocado ao alcance pelos Estados, educação formal. Dá-se o contrário com poucas exceções, regredindo até quem esteve na frente, países europeus, invadidos pela incultura.
Na dita America Latina, no sul, ensina-se o desrespeito aos valores universais e incentiva-se a agressão às liberdades individuais, sofridamente conquistadas, com nenhuma exceção, a não ser no Brasil, onde forças de resistência recusam atraso de controle da mídia e outras “inventivas” da disfunção das conquistas dos direitos civis todos, as liberdades públicas.
Como país estratégico para o “Atlântico Norte”, do qual é integrante, sabem os “mágicos” de ideologias retrógradas e superadas, que o Brasil não é ninho de galinhas, mas país destinado a ser águia, por sua expressão e continentalidade, ainda que tenha muito a voar e dissecar pássaros daninhos que se portam como abutres.
Muitas raposas habitam galinheiros em seus voos rasos, em estatais conduzidas por raposas, mas são galinheiros onde galinhas aparelhadas comem milhos dourados.
A angústia acontece, mas nunca a ponto de gerar depressão. O mal tem dias contados, se não acaba nas Cortes, também contaminadas, fenece na desgraça do povo em sua combalida economia, que vai desmoronando quando já alcançava o sonho, vendo a pirâmide da qual é base ruir, trazendo consigo o vértice, a cabeça.É o fim de tudo que não presta, reporta a história, e ela sempre se repete.