A cultura hipster e a cadeia velha de Santos

Segunda feira passada o secretario da cultura de Santos, professor Fabião, respondia a um internauta na TV local. A pergunta era sobre a destinação futura da desativada cadeia velha de Santos.

Disse o secretário que recentemente radiestesistas estiveram lá, quando o pendulo disparou tamanha a intensidade da "vibe". Ele evitou dizer "tamanho o baixo astral", e por isso aproveitou para comentar que o lugar seria apropriado para eventos que reunissem adeptos da cultura hipster.

A entrevista acabou e fiquei me perguntando de que diabos afinal ele falava. Porque haja imaginação para fazer do astral pesado da velha cadeia fomento de uma atividade cultural. Quando fui procurar saber "qual é" a desta cultura hipster:

Nela a morte simbolizando (definição hipster) "a realidade daqueles cidadãos que tem sua vida estrangulada pela conformidade social e por isso optam por divorciar-se da sociedade, para existir sem raízes, e assim partir em uma jornada mapeada pelos imperativos rebeldes de seu próprio ser".

Definição que se complementa com esta do "manual prático do hipster":

“Hipster é alguém que quer o lado cool da contracultura e da rebeldia juntamente com os privilégios de riqueza e do consumo — querendo sempre saber de tudo antes dos outros”.

Quando o manual segue filosofando, bem ao estilo do nosso secretário hipster: "Cada vez que um hipster pede um cappuccino na starbucks, outros 2 morrem de lenço palestino na avenida Paulista".

Cine Astor
Enviado por Cine Astor em 25/02/2015
Reeditado em 15/06/2015
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