Bombas de Efeito (i)Moral

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Não sou um cronista, mas percebo que o que não falta no Brasil é matéria política para escrevermos crônicas, contos, piadas, tragicomédias... menos poesia. Visto que a política brasileira é deveras engraçada para os humoristas, louca para os psiquiatras, subjetiva para os românticos, simbolista para partidários, utópica para os eleitores, complexa para os psicólogos, paradoxal para os economistas, capitalista para os que produzem, trágica para o contribuinte, socialista para os néscios marxistas, bolchevistas, chavistas, no Brasil codinome “bolsistas”; e por fim, lucrativa e verborrágica na boca dos políticos.

Isso que a política brasileira é... uma verdadeira *“pipopeia”. Visto que os grandes filósofos atenienses reviram-se em seus túmulos ao verem seus compatriotas gregos destruírem a polis e a democracia, algo sofrivelmente conquistado a partir de um mundo dantes bárbaro. O Brasil, descendente dos lusos, não ficou para trás, segue o mau exemplo grego, mas querendo superar a todos nesta corrupta autodestruição.

Como pode um país, estrela de quinta grandeza, o quinto maior do mundo, riquíssimo em matéria prima, em diversidade cultural, clima, ter-se tornado um anão diplomático e uma lástima perante a comunidade internacional. Logo vemos notícias vergonhosas, “Brasil é ignorado pela Indonésia”, “diplomatas brasileiros dialogam com o Hamas da palestina”. Qual o interesse do Brasil em meter-se na política alheia do oriente-médio? Visto que não da conta nem da própria casa e dos seus quintais tupiniquins; vai no mesmo barco furado venezuelano e argentino. Deveria ter mais respeito, pedir a benção e seguir o exemplo do Tio Sam.

Em vez disso, a Joana Dark às avessas e o Robim Hood de araque, juntamente com sua corja de salteadores, falaciosamente falando a língua do povo e disfarçados de salvadores da pátria, implantam um autoritarismo, onde seus atos de corrupção são institucionalizados.

Fazem eles terrorismo quando colocam a polícia para lançar “bombas de efeito moral” sobre manifestantes que lutam contra o defeito imoral dos corruptos. Será que essas “bombas de efeito moral” não deveriam ser lançadas sobre esses políticos brasileiros corruptos? O que a essa altura já se tem tornado uma redundância nomeá-los assim, já que internacionalmente, político brasileiro é sinônimo de corrupto.

Quem sabe essas bombas não arrancaria dos tais um mínimo de moralidade, até então inexistente. Será que o Brasil fabrica sua própria “bomba de efeito moral” ou importa legalmente de países como a Cuba, Coreia do Norte, Síria, Venezuela?

Mas em todo este caos, há ainda os que defendem este governo nefasto. Mesmo alguns intelectuais fazem frente junto com esses fascistas que estão a destruir a nação. São aqueles defensores que de alguma forma mamam nas tetas necrosadas dessa nação sofrida.

Enquanto isso, nós cidadãos ainda lúcidos, ficamos só na utopia do “Ai SE SÊSSE”, só na vontade. Para os gringos que estão assistindo a derrocada do “le Brésil, un pays émergent” é bem cômico e para nós brasileiros é bem trágico.

*Meu neologismo para uma verdadeira “piada grega pronta”.

Jesse N. Cardoso

Jessenc
Enviado por Jessenc em 24/02/2015
Reeditado em 25/02/2015
Código do texto: T5148402
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