A Filosofia de Lucy
Há tempos venho me interessando bastante por Filosofia e seus questionamentos. Claro que sou um amador intrometido nesta área, mas como não fui proibido de adentrá-la, aqui estou. Leituras apropriadas são recomendadas pelos amigos mais próximos, me levando a percorrer caminhos sinuosos. Mesmo assim, vou em frente e confesso que estou gostando, mesmo que essas leituras me gerem cada vez mais dúvidas e cada vez mais sofrimento… Ah! Nunca achei que sentiria saudades dos tempos de escuridão de entendimento. Como a ignorância é indolor!
Mas nem tudo, nem todas as dúvidas e descobertas (isso também) vem dos livros. Recentemente lancei mão da sétima arte com o intuito de ampliar e até mesmo catalisar o processo de aprendizado da Filosofia. O filme escolhido para isso foi o lançamento Lucy, dirigido por Luc Besson. Estupendamente instigante, profundo e frustrante!!! Frustrante? Sim, pois nos damos conta de nossa insignificância, tão humana, tão patética e limitada pela matéria, tempo e espaço. Qual a razão da vida? Qual a razão da vida humana, realmente? Morremos de verdade? A pergunta de maior impacto é: nós vivemos de verdade? O que é a vida? Explicações mil não faltam, vindas de diversas fontes de conhecimento.
O que sentimos, vemos, ouvimos e lembramos está limitado ao que nosso cérebro consegue processar, armazenar e trazer à tona essas informações, quando assim desejamos ou precisamos. Então, posso afirmar que o ser, sentir e fazer são apenas impulsos nervosos dos nossos neurônios e impulsos nervosos são apenas descargas elétricas direcionadas de uma célula nervosa à outra, desencadeando uma chuva de neurotransmissores para o restante do cérebro. É nisso que a nossa vida se limita? Tem algo além? Houve algo antes? Há alguma “coisa” agora? O quê? Onde? Como? Por quê? Dúvidas que fazem o nosso mundo girar, e mundo com “m” minúsculo mesmo. Vou continuar a busca por mais perguntas, já que são elas que fazem o meu “universo” se mover e o deixam menos tedioso.