Hoje é Dia de Daat
Amigos, faço um convite para que hoje possamos juntos mergulhar no desconhecido e juntos, encontrarmos a força e o conhecimento para conhecermos as sephirot superiores. Daat é a esfera que não é esfera, a sephirot que não é sephirot, mas está lá. É o mistério, o mergulho no desconhecido de um novo desafio, de aprender um idioma estrangeiro, de aprender um instrumento musical ou iniciar pela primeira vez, os estudos do oculto, das ciências esotéricas, de encontrar em si, a semente que faz crescer a espiritualidade.
A meditação em Daat é um mergulhar num koan. Koan são palavras, frases ou perguntas que nos fazem mergulhar no silêncio, pois não possuem resposta ou entendimento fácil.
Se Deus criou o universo, quem criou Deus?
O homem sorri para a flor, a flor sorri para o homem, quem sorriu primeiro? O homem? A flor? Ou o sorriso?
Batendo duas mãos uma na outra temos um som. Qual é o som de uma mão só batendo em si mesma?
Qual foi o primeiro amor?
Daat é essa nova perspectiva. É treinar o pensar. Daat é o próprio meditar. É Nanã Buroque, a Avózinha Orixá dos cultos africanos, tecendo o corpo que irá nos entregar quando nascemos. É o tecer da bruxaria ao narrar a lenda da Mãe Aranha que tece a própria vida. Daat é o Reino de Morpheus, o Deus grego dos Sonhos, filho de Hipnos ( o Deus do Sono) que é representado na cultura americana como Sandman – O João Pestana na nossa cultura – que joga areia em nossos olhos e nos obriga a dormir – o grande mergulho no desconhecido inconsciente – que fazemos toda noite.
A meditação em Daat é um reconhecimento da beleza do diferente – Tiferet – e do desconhecido; e aceitarmos que não temos mesmo controle sobre tudo. É um deixar fluir, mas não um “deixa a vida me levar”; o deixar fluir é uma observação ativa às coisas que ocorrem conosco e os mistérios que vão sendo revelados. Daat é o não julgamento, é a ausência de preconceito. Daat é esvaziar o copo para que o conhecimento nos leve até a compreensão ( Binah) e a sabedoria (Chokmah) para enfim alcançarmos a nossa Kepher ( coroa divina, herança existencial – o atman – o eu superior.