DE MENSALÃO A ELETROLÃO

DE MENSALÃO A ELETROLÃO

"Compaixão é a porta que se nos abre no sentimento para a luz do verdadeiro amor, entretanto, notemos: ninguém adquire a piedade sem construí-la. Apreciação unilateral é sempre ruinosa. A imperfeição completa, tanto quanto a perfeição integral; não existem no plano em que evoluímos".

Dentre os muitos escândalos surgidos no governo do Partido dos trabalhadores (PT), desde sua inserção na presidência da República, que os escândalos não param, pois assim que se chega ao fim uma investigação, começa outra. Mensalão, Propinoduto, Petrolão, BNDES e vem mais um o Eletrolão. São tantos escândalos que a Polícia Federal não terá condições de averiguar todos, visto que a demora em apontar nomes pode ser considerado o ponto fraco das investigações. O brasileiro além de desconfiado e, ao mesmo tempo curioso está de orelha em pé, se coçando todo para saber novidades dos escândalos.

A justiça brasileira está caminhando a passo de lesma no julgamento desses processos, e quando julga as punições para os ladrões de colarinho branco são brandas demais. A Procuradoria-Geral da República só começará a investigar encrencas na Eletrobrás, e em outras estatais depois de terminar o caso da Petrobras. Simplesmente não há braços para tanta falcatrua. Senhor procurador se não tiver braços coloca pernas, cabeças, e outros órgãos do corpo que funcionará com certeza. Não se podem protelar casos de corrupção. A corrupção agora tem outra nominação passou a ser chamada de "encrencas", segundo o Procurador geral da República.

Os petistas já elegeram o seu favorito para ocupar a vaga deixada por Joaquim Barbosa no Supremo. Mas Dilma Rousseff ainda não começou a conversar sobre o tema com seus ministros mais próximos. Não definiu nem o perfil que imagina para o candidato. O secretário do tesouro Nacional, Arno Augustin, deixa o governo com a irritação especial. A volta de Nelson Barbosa, ainda mais como ministro, é uma derrota pessoal do mago da contabilidade criativa do primeiro governo Dilma. Uma conotação do ex- ministro da Fazenda do governo Dilma, Guido Mantega: "Ser ministro da Fazenda é como cavalgar touro mecânico. Toda hora tem gente querendo derrubá-lo". (Fonte: Revista Veja). Um fato, uma notícia, uma aberração são sinonímias que se encaixam muito bem no caso Petrobras.

Os prejuízos da empresa com os desvios do petrolão passam longe de ser desprezíveis. A principal fonte de perdas para a estatal, entretanto, está na manipulação de preços impostos pelo governo Dilma. Sessenta bilhões é a perda acumulada desde 2011 por causa da venda de gasolina e diesel a preços subsidiados e abaixo dos valores do mercado. Aqui cabe uma indagação: qual seria o preço de mercado, já que o brasileiro tem a gasolina mais cara do mundo? 20 bilhões é a estimativa de prejuízo com os casos de desvio de dinheiro, superfaturamento e pagamentos de propina investigados pela Operação Lava-jato.

Seis bilhões da redução estimada da receita anual com as exportações de petróleo, por causa da queda do preço do petróleo nos últimos sessenta dias. A Petrobras resistirá a essa grande tormenta que se formou com os desvios criminosos que ficaram conhecidos como petrolão. A empresa enfrenta um golpe triplo: o uso e abuso político na manipulação de preços, os desvios do petrolão e a desvalorização do petróleo. Seu potencial produtivo, porém, permanece promissor. Afirmam que a empresa é campeã em registro de patentes no país e desenvolveu tecnologias que permitiram explorar águas casa vez mais profundas, mas esqueceu do essencial, a proteção contra roubo e corrupção.

Enquanto o tempo passa o aperto financeiro aumenta. Acumulando prejuízos com a venda de combustíveis, a empresa precisou aumentar brutalmente seu endividamento para manter o plano de investimentos. Foi feita em dólares, e a dívida disparou com a valorização da moeda norte-americana. Vejam a estatística: 62 bilhões em 2010, 103 bilhões 2011, 193 bilhões em 2013, 261 bilhões em 2014. Será que durante o primeiro governo Dilma tudo passou as brancas nuvens ou ela contraiu a cegueira e o desconhecimento do ex-presidente Lula? Será que a Petrobrás não tinha presidente, pois só acumulou prejuízos?

No linguajar do povo, isso tem nome: incompetência. Aí vem a desculpa. Temos potencial para superar a crise e os corruptos vão parar aonde? Faturamento em 2013: 305 bilhões de reais; investimentos em 2013: 104 bilhões de reais. Dinheiro em caixa: 62 bilhões de reais. Reservas provadas 16,6 bilhões de barris; produção diária 2,1 milhões de barris. Fixo de caixa (Ebitda em 2014, estimado em 80 bilhões). Relação entre a dívida e a Ebitda 3,3 bilhões. Para quem desconhece o que seja Ebitda é a sigla de “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization”, que significa "Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização", em português.

O EBITDA é um indicador financeiro, também chamado de Lajida, e representa quanto uma empresa gera de recursos através de suas atividades operacionais, sem contar impostos e outros efeitos financeiros. O EBITDA é importante para os empresários e administradores de empresas, pois dá a possibilidade deles não analisarem apenas o resultado final da organização, e sim o processo com um todo, e esse indicador é bastante utilizado no mercado de ações. O EBITDA é utilizado essencialmente para analisar o desempenho das organizações, pois ele é capaz de medir a produtividade e a eficiência da empresa, um ponto que é essencial para o empresário que pretende investir.

O termo é bastante utilizado por analistas financeiros em análise de balanços de contabilidade de empresas de capital aberto. Para calcular o EBITDA é necessário primeiro calcular o lucro operacional, que é a subtração, a partir da receita líquida, do custo dos produtos vendidos (CPV), das despesas operacionais e das despesas financeiras líquidas (despesas menos receitas com juros e outros itens financeiros). Depois, é só somar ao lucro operacional os juros, a depreciação e amortização que estão incluídas no CPV e nas despesas operacionais. (Fonte: www.significados.com.br). A presidente da Petrobras pediu demissão, mas deverá ser mantida por Dilma pelo menos até a publicação do balanço financeiro auditado, já extirpados os desvios.

Será um balancete financeiro fechado à marreta e a marteladas. Alternativas: A BR distribuidora possui metade do mercado de distribuição de combustíveis no país, e a venda de ações dessa subsidiária poderia reforçar o caixa da estatal. As soluções emergenciais, as alternativas para a Petrobras no caso de sua crise prolongar-se ainda mais séria: Resgate pelo Tesouro: O governo põe dinheiro diretamente na empresa, ou faz troca de dívidas entre ela e outras estatais, como a Eletrobrás. Há também a possibilidade de injetar recursos em troca do recebido futuro de petróleo a ser explorado. Vocês aprovam essa medida?

Problema: Trata-se de uma manobra contábil, do tipo que a nova equipe econômica já sinalizou que não pretende realizar. Além disso, implica aumento da dívida pública. Resposta: nem pensar nessa onerosa sugestão. Venda de patrimônio: A empresa pode vender sua participação em áreas exploratórias. Outra opção é cindir sua subsidiária BR distribuidora e lançar ações dela no mercado. Pode também vender, por exemplo, sua participação na petroquímica Braskem. O governo Dilma seria acusado de entregar a investidores privados parte do patrimônio da empresa e do país. Reajuste de preços.

Um aumento acentuado na gasolina e no diesel engordaria o caixa da empresa, que ganharia musculatura para fazer os investimentos e quitar outras dívidas. O impacto direto na inflação, que já está acima do teto de 6,5%. O povo não deve aceitar nenhuma dessas medidas consideradas loucas e que trarão prejuízos para os consumidores. O peso da Petrobras na economia brasileira. Investimentos: dois bilhões de reais por semana, ou mais de 10% do total investido no Brasil a cada ano. Gastos operacionais: 30 bilhões de reais por ano, valor superior ao das despesas com o (Bolsa-Família).

Impostos pagos: 99 bilhões de reais em 2013, ou 5% do total recolhido no país. Ainda existe a ameaça na exploração de algumas reservas, visto que a Arábia saudita está ofertando petróleo mais barato. A pergunta final. Vale a pena investir na empresa? Deixamos a resposta com a presidente Dilma e seus assessores, pois pela nossa visão o quadro é gravíssimo, negro e de difícil solução. Não é só mudando de presidente que o problema será resolvido. O Brasil está se transformando em um grande Sonrisal e seu desmanche não foi bem maior por causa da situação climática. A seca domina o país de Norte a Sul e a situação se complica em dimensões incalculáveis. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 19/02/2015
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