LAGRIMAS DE AMOR OU DE DOR?
É claro que quando iniciamos um relacionamento, queremos que ele seja bem sucedido, isso é evidente. Mas, muitas são as pessoas que, na verdade, já entram em um, querendo sair. Eu falo das atitudes que usam nesses relacionamentos, a maioria espera que os sentimentos benévolos possa se intensificar, e que essa união, venha a ser útil e como uma razão de uma enorme satisfação. E ainda bem que possa ser desse jeito, até porque, não faria sentido.
Mas, tem pessoas que logo se acostumam com uma vida a dois, que consequentemente vai se tornar uma rotina. Acordam na hora que querem, pois não se preocupam com as responsabilidades. Dormem a hora que querem, pois nada as faz terem uma vida útil, se é que viver uma vida assim é tão normal. São pessoas que se acostumam a viver a sua vida, patrocinadas por terceiros, e com isso, perdem a oportunidade de intrinsecamente serem livres.
É evidente o fato de que toda união não deixa de ser um oficio. Exige-nos prudência, desvelo, desenvolvimento, disponibilidade, docilidade, entendimento, analise, convicção e alternativa. Em suma, é um campo da vida como qualquer outro. E se queremos que realmente dê certo, temos de fazer investimentos nele.
A grande diferença e que eu credito ser a única, é que nenhuma outra, nos causa tantas dúvidas e medos, assim como desperta intensas incertezas e desconfianças, das quais nem nós mesmos nos achávamos capazes de enfrentar. E este é denominado de “Amor”. E esse Amor é um invitamento que a própria vida nos cria, como um meio de evolução. Até porque nem sempre temos a capacidade de admitir os reptos que nos surgem com esse convite.
Agora o maior desses desafios, vem mesmo, quando se trata do fim do relacionamento. Como entender e reconhecer que chegou ao fim? Como saber se é mesmo a hora de ceder? Como separar, e ter a sabedoria de uma vez por todas, que a mudança também está no ato de deixar a outra pessoa, ir embora? Pois é assim que vivemos, literalmente, em uma escola de gerir talentos.
Eu quero aqui, deixar bem claro, que não sou e nunca serei a favor de uma separação, seja em qualquer tipo de relação. Porem, desde que ela seja completamente constituída de benefícios e seja reverente, e que se tenha tentado de tudo para salvar essa relação. Pois, a rescisão de uma intimidade, ou qualquer outro tipo de relacionamento, desses que chamamos de significativo, é mesmo muito aflitivo e frustrante.
É realmente muito penoso e torturante passar por esse processo. Portanto, que o fim se dê por uma razão que tenha significância. E como eu falo sempre nas minhas escritas, que todos nós teremos algum dia, e de alguma forma, uma separação, e a isso não resta a menor dúvida. Para um relacionamento, não existem teorias ou normas, no entanto, penso que uma separação se justifica, por aquilo que faltou na relação, e que seria imprescindível para um dos envolvidos ou para os dois, vai depender do livre arbítrio de cada um. E isso muda de pessoa para pessoa. O que é indispensável para nós, pode não ser para a outra, e vice-versa.
Enfim, isso pode acontecer nos diálogos, no romantismo, no sexo, na credibilidade, na lealdade, na aprovação da família, na participação da mesma devoção religiosa, no financeiro, isso, entre muitos outros motivos. E não tem essa de ser certo ou errado, pois, Certo é tudo o que dá certo, e errado é tudo o que dá errado. Seria muito simples assim não é? Tudo na vida é uma questão de valores, de méritos, das preferências e crenças. Apenas precisamos nos cuidar melhor, para não nos boicotarmos, e nem nos privarmos do que realmente importa. Mas isso é um problema de impavidez e autoconhecimento, ou ainda, uma questão de melosquência.
É bom que se comente também outro grave problema, que é quando tudo está dando errado, e uma das pessoas envolvidas insiste, sem mudar de postura, sem dialogar adequadamente, pretendendo prorrogar o fim, e adiando a separação, sem que nada de efetivamente eficaz e pratico seja feito, querendo apenas manter as aparências. Insistir em prosseguir discutindo, com acusações de um ao outro, reiterando as mesmas brigas, originando mais lágrimas, mais dor, mais constrangimento para ambos, e a outras pessoas ao redor.
É apenas um modo de querer mostrar que não é o único culpado dos problemas. Persistir não descuidando das particularidades fundamentais, como a consideração, aceitação, assim como escutar o que a outra tem como justificativa, aceitar novos procedimentos, separar o que causa descontentamento a essa.
Assim, continuam fazendo tudo o que deu errado, esperando que, miraculosamente, dê certo. Pra quê? Até quando? Quantas ainda são essas pessoas que pretendem continuar a se machucar, e se destruir por completo? É bem melhor se entregar a verdade, ou então, que essas pessoas parem com isso de uma vez por todas, principalmente esses subterfúgios. O melhor conselho a ser dado é que abandonem as suas próprias mentiras, e vivam da verdade.