As Vitalinas
Por Carlos Sena
Houve um tempo em que mulher que não casava virava "VITALINA". Tinha uma música que dizia "bota pó VITALINA tira pó". Também se dizia da mulher que não casava jovem, ser Balzaquinana. Balzac só gostava de mulher madura, daí a referencia.
Houve um tempo em que também se dizia da mulher que não casava: "ficou na peça" - apologia à peça de tecido que sobrava nas prateleiras! Isso no tempo em que a gente comprava o tecido e mandava o alfaiate ou a costureira fazer nossas roupas. O bom disso tudo é que hoje a mulher que não casa na formalidade cultural vigente se casa consigo mesma: tem seu emprego, mora sozinha e ainda se dá ao direito de ter um "ficante" ao seu bel prazer. Podem dizer que ela ficou pra titia - alusão moderna para as outrora vitalinas, "da peça", etc. Ser titia incomoda menos, imagino. Mas, mesmo sendo titia, as solteironas não são babacas como antes. Titia moderna se faz entender, ou seja, deixa de ser manteúda de sobrinhos. Hoje as solteironas viajam, luxam, e até bancam homens, se assim for o desejo delas. Desfilam com boys magias e nem se preocupam com o,que dizem e o que falam. Ou não?
VITALINA moderna é outro papo. Só uma coisa elas não conseguiram superar: o preconceito que se tem ao vê-las desfilando com com um rapaz infinitamente mais jovem. Pois é. Elas deveriam dizer: "cerca véia estaca nova", a propósito do "cavalo véio capim novo" tão propalado pelos homens velhos que desfilam com novinhas. (Carlos Sena)
Por Carlos Sena
Houve um tempo em que mulher que não casava virava "VITALINA". Tinha uma música que dizia "bota pó VITALINA tira pó". Também se dizia da mulher que não casava jovem, ser Balzaquinana. Balzac só gostava de mulher madura, daí a referencia.
Houve um tempo em que também se dizia da mulher que não casava: "ficou na peça" - apologia à peça de tecido que sobrava nas prateleiras! Isso no tempo em que a gente comprava o tecido e mandava o alfaiate ou a costureira fazer nossas roupas. O bom disso tudo é que hoje a mulher que não casa na formalidade cultural vigente se casa consigo mesma: tem seu emprego, mora sozinha e ainda se dá ao direito de ter um "ficante" ao seu bel prazer. Podem dizer que ela ficou pra titia - alusão moderna para as outrora vitalinas, "da peça", etc. Ser titia incomoda menos, imagino. Mas, mesmo sendo titia, as solteironas não são babacas como antes. Titia moderna se faz entender, ou seja, deixa de ser manteúda de sobrinhos. Hoje as solteironas viajam, luxam, e até bancam homens, se assim for o desejo delas. Desfilam com boys magias e nem se preocupam com o,que dizem e o que falam. Ou não?
VITALINA moderna é outro papo. Só uma coisa elas não conseguiram superar: o preconceito que se tem ao vê-las desfilando com com um rapaz infinitamente mais jovem. Pois é. Elas deveriam dizer: "cerca véia estaca nova", a propósito do "cavalo véio capim novo" tão propalado pelos homens velhos que desfilam com novinhas. (Carlos Sena)