O PAÍS DO CARNAVAL E DA MÁ POLÍTICA

A sujeira era tanta, mas tanta que nem veja multiuso, ou outro produto com uma boa escova limparia a sujeirada que vinha se acumulando de anos atrás, e ainda tinham sinais de falta de água. O povo então pulava nas ruas, avenidas e salões fantasiados, pintados e bêbados por quadro dias... E na quarta-feira era cinzas, o pó e a realidade.Quando não eram de carnaval iam aos campos de futebol que foram feitos a custo altíssimos e posto como prioridade de consumo público, duvidoso tudo isso,e lá se esbofeteavam um ao outro boa parte da vezes. Escola e autoconhecimento, pra que? Tinham um sistema precário de saúde, um sistema de segurança que os próprios tinham que contratar segurança, os professores desistiam da arte e amor a profissão, pois só a politicagem tinha que ter bons ganhos e se deleitarem com os prazeres da carne.E assim entre uma barricada de índios cobrando pedágios nas vias; a maior floresta do mundo se desfazendo, como a fauna e a flora,a água doce e o ar puro...O país ia sendo desgovernado...Brincar de governar deve ser bom, deixar um rombo nas reservas de uma terra abençoada por Deus,não deve ser nada bom.A terra deve ser de Deus mesmo, pois se é de Deus, com certeza o castigo virá a cavalo. Na política da terra brasilis o sujo falava do mal lavado, pessoas se escondiam através de fantasias, de boas oratórias, eram o Sócrates às avessas da modernidade... E quem nunca gostou de poesia, filosofia ou música que vale a pena ouvir ia se enganando e sofrendo sem saber ao certo o motivo. Quem tem fé e força peça justiça aos céus, quem tem seus guias, santos, anjos, protetores e etc e tal, e quem ama a justiça peçam por justiça... Uma criança caída no chão de um hospital, um idoso; uma grávida morta ao esperar sua vez, um trabalhador baleado, outro extorquido, invadido em sua moradia... E os cães ladram e a má caravana passa cheia de ouro roubado; até quando seremos o país do carnaval