UMA NOVA MANEIRA DE AMAR.

Quase sempre, nós vivenciamos nos nossos relacionamentos, momentos difíceis, que nos originam muito mais melancolias, desenganos e descrenças do que felicidade e satisfação. Mas, por qualquer pretexto, que nem nós mesmos percebemos qual é, e quase sempre perseveramos em conservar essa relação, insistimos em arriscar de novo, nos prendemos as palavras que não satisfazem com a realidade, nem com a postura adotada pela outra pessoa.

E assim, túrbidos e perdidos nesse sentimento entre o Amor que teríamos prazer de viver, e o que verdadeiramente permanecemos vivendo, e não determinamos naquele momento o que fazer, pois é sempre muito difícil dar o braço a torcer, e muito pior ainda, participar de uma separação, pois a certeza de que Amamos a outra pessoa, nos preenche de vigor e denodo para lutar por este Amor.

Mas, logo depois, vamos perceber que não há um retorno, e que estamos em uma via de mão única, e que a pessoa não está disposta a tentar de verdade em cumprir o que foi acordado antecipadamente e, ai então, nós enxergamos as nossas expectativas se fluidificar, e o nosso sofrimento ampliar ainda mais. Esse é o inicio do fim.

Algumas pessoas tendem a ficar doente, adquirem stress, entram em depressão, sentem-se desmotivadas, afastam-se dos amigos, e são esmagados pelos sentimentos e desejos incontidos. Neste momento, é preciso saber se vale a pena continuar. Vai valer a pena insistir? Será que existe a possibilidade de reconquistar essa pessoa definitivamente?

No entanto, este é o momento, é a hora de olhar para dentro de nós mesmos e demostrarmos respeito, nos encher de merecimentos e, acima de tudo, Amarmos a nós mesmos. E nos dar a certeza de que se isso não for feito, a outra pessoa também não o fará. Mas se, ao inverso, decidirmos subjugar, e lutar por nós mesmos, ai se descortinara o que temos de bom e nos restaurará, e assim haverá uma saída. Ou seja, adquirir força e capacidade para encontrar a resposta certa.

Se acharmos que vai valer a pena continuar, é bom estar pronto para exigir o que ansiamos desse relacionamento, indicando à pessoa que necessitamos ser Amados, respeitados e valorizados. E se ela, efetivamente nos Amar, ficará preparada a nos dar o que somos dignos. Mas se não tiver nenhum valor, é certo que se deve estar pronto para desistir deste relacionamento, que até o momento não nos trouxe nada de bom, que tem servido apenas para nos deixar aflitos, desalentados com tanta indefinição, incerteza e incoerência, e não nos deixar flanar por esse caminho.

Então, se você estiver vivendo um relacionamento que tem lhe acarretado mais aflição do que satisfação, é bom você fazer algumas perguntas, e seja franco consigo mesmo nas respostas. Tais como: você realmente Ama esta pessoa? Se a resposta for não, então nem precisa responder as próximas questões. Mas se for sim, então se pergunte: Tem dado o melhor de você para tentar salvar essa relação? Depois, avalie se a pessoa Amada está disposta a salvá-lo também? O comportamento dela expressa um Amor verdadeiro ou revela apenas uma incapacidade de compreender e demonstra uma desconsideração?

O Amor tem que ser vivido em todos os sentidos, em todas as suas possibilidades. Mas, as pessoas teimam em se referir ao Amor, àquele que vai aparecer somente no quarto, somente na cama. Porem, ele é mais abrangente e deve ser somente relacionado com, ternura, lealdade, amizade, consideração, olho no olho, admiração, reconhecimento, beijos, afagos, entrega, segurança, anseio, atração, cheiro, sabor, contato, murmúrio e, com certeza, prazer!

Não dá para demonstrar Amor com uma pessoa em um pequeno espaço de tempo, se, durante o resto do dia, não se consegue manter esse mesmo Amor, depois, são variados desentendimentos, suspeitas, críticas, indelicadezas ou, o que é ainda pior, com um silêncio cortante e esmagador, a ausência absoluta de afeto. Enfim, não há quem se conserve ao desamor, à falta de solidariedade, entendimento e perseverança, haja paciência! São poucos momentos de prazer, para tantos de desprazer.

Todos nós, tanto os homens como as mulheres, deveríamos compreender que quando decidimos nos comprometer, isso é uma resolução, de fato, e é necessário existir esse comprometimento. Primeiramente conosco, respeitar os nossos conceitos e com o que a outra pessoa espera dessa relação. E assim, que possamos verdadeiramente nos comprometer com essa parceria, e sempre nos propormos a uma nova maneira de Amar.

E quando hesitamos, com medo de sofrer, de ter medo de quebrar a cara, é bom lembrar que a vida é um eterno experimentar. Saber que o Amor sempre será um grande risco, mas que vale a pena. No entanto se a gente nunca correr este risco - poderá ter apenas uma certeza - nunca iremos sentir a plenitude que existe no Amor.

De outro modo, se não nos decidirmos a aventurar, tomar a decisão de enristar neste Amor, apresentando tudo o que há de mais singelo e verdadeiro dentro de nós, não iremos descobrir que podemos ser Amado, e com a certeza que vamos Amar muito mais do que antes imaginamos e que, derradeiramente, seremos muito mais felizes! É só não esquecer, que a escolha é sempre nossa.

Sempre o Amor se mostrará a qualquer um de nós, cheio de possibilidade de desenvolvimento. Todavia, precisamos saber diligenciar as nossas limitações e o nosso modelo de comportamento. Porem, de maneira nenhuma, um ou outro deverá ser privado de sua efigie, porquanto, seria necessário que o Amor, viesse a se tornar dependente, ambíguo, desperdiçado, angustiante, ansioso, e cheio de cobranças. E é muito bom lembrar que Amor com sofrimento não é Amor verdadeiro.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 15/02/2015
Reeditado em 20/06/2018
Código do texto: T5137875
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