QUE SEJA ETERNO ENQUANTO DURE...

Todo ser humano nasce convivendo com uma enorme carência afetiva, porem, a maioria ainda confunde esse sentimento de necessidade à afetividade, e procura por uma determinada pessoa, e logo a relaciona com Amor. Porem é necessário saber, que nada tem a ver com o Amor pela outra, e sim com a nossa própria insegurança e os nossos problemas de autoestima.

É por demais importante termos conhecimento disso, pois este, permeara a nossa vida inteira. E assim dispensaremos, portanto, a necessidade de ter que curar as nossas feridas emocionais. Ficamos com o pensamento de que precisamos encontrar alguém que vai nos trazer segurança, carinho, cuidados, confiança, fidelidade, e principalmente muito consolo emocional, para acabar com a nossa infelicidade de origem, e que essa pessoa se tornará o nosso manancial principal, e que irá por fim nos preencher. E é ai, que começa o caminho, para a fonte de uma formula certa para o nosso sofrimento.

Quando na verdade conseguirmos um relacionamento baseado nessa receita, por certo tempo até poderemos nos sentir bem, isso logo nas primeiras semanas, ou até por alguns meses da relação. Mas logo virá a instabilidade, pois esta sempre nos acompanhara, inconscientemente, dia após dia, através daquele medo latente de perder a pessoa.

Mas, a bem da verdade, temos é um verdadeiro pânico de perder esse sentimento de tranquilidade, segurança, felicidade, que esse relacionamento está nos causando. Essa impressão de pseudo segurança não é real, e é uma opinião frívola, pois nossos reais enigmas, e que nos causa instabilidade das mais profundas, ainda não foram sanados, ficaram apenas temporariamente encobertos com o advento do relacionamento anterior. E o que é bem pior, é que a nossa felicidade, sempre a entregamos e confiamos nas mãos de uma pessoa a qual escolhemos.

Penso que este é todo o processo que nos remete a esse medo de perder a pessoa amada, e leva-nos a uma dependência total, e que em alguns casos chega ao desespero. Ai, produzimos jogos de manipulação e chantagem, com o objetivo de querer a outra pessoa de qualquer forma, pois é nela que estamos a planear o nosso momento de felicidade. O modo excessivo de gostar demais, o sentimento de emulação, a incapacidade imensurável de controlar, de engendrar a relação, invencionar que a outra pessoa é mais essencial, e que é a nossa universalidade nessa nossa vida, esse naturalmente é o fruto a ser colhido do mesmo mal.

E é claro que pessoas que agem desse modo, de alguma maneira estão sempre mais tensas. Normalmente são pessoas com grande quantidade de zelo de Amor. E são essas que normalmente tem a pré-disposição de ser refutadas nos relacionamentos. Elas se tornam muito desinteressantes. Quanto mais delineamos as nossas necessidade e insegurança, mais o nosso valor diminui perante os olhos da outra pessoa. Essa maneira de se comportar é motivada pela total falta de Amor próprio.

Daí é bem convicto dizer, que as pessoas em que nelas enxergamos um comportamento mais estável, essa é a de maior confiabilidade, são estas que vão nos parecer mais interessantes. É um tanto natural nos sentirmos atraído por alguém que transmite na sua postura, uma boa dose de autoestima. E elas não necessitam desenvolver diligencia para seduzir um benigno relacionamento, pois é inato, e as coisas simplesmente acontecem. Parece sorte, coincidência, mas não é nada disso, chama-se energia positiva.

É instintivo nos aproximarmos mais das pessoas que gostam de si mesmo, pois nessa proximidade, quanto melhor a nossa confiança, mais esta vai nos valorizar, e como conseqüência, não vai nos impor e colocar limites, e dizer um não. É preciso compreendemos meritosamente, que devemos nos fazer respeitar, pois assim, os outros acabam também, nos respeitando e nos valorizando. O atributo que qualifica os nossos relacionamentos é sempre refletido direto da qualidade da nossa autoestima. É tudo muito simples e lógico, é estar completamente abastecido de Amor próprio.

E assim, por este motivo, logo compreendemos que aquele sentimento intenso, aquilo que se assemelhava ao Amor, se debilitou. E o nosso ponto central gira em nossa volta, é ai quando nos achamos ser a pessoa mais interessante da nossa vida. É como se retornássemos para dentro de nós mesmos. Reconhecer que quando nos encontrávamos tentando controlar o relacionamento, através de cooptar a outra, estamos peregrinando pelo intelecto e tentando adentrar e manejar uma mente abstraída.

Sentirmo-nos como a pessoa de mais importância na nossa vida, pode parecer para alguns, como egoísmo, porem, trata-se de Amor próprio. E esse é, na realidade, o único Amor verdadeiro. E é nesse estado que conseguimos nos relacionar muito melhor com os outros, sem a necessidade de querer controlar, e ficamos na realidade muito mais perto de sermos humanos quando perdemos o temor.

É necessário tratarmos bem os outros, mas, sem nos deixarmos cair em jogos de manipulação nem perdermos nossas vontades. Pois relacionamento interesseiro é sempre o que é usado através de argucia para fazer com que as pessoas fiquem a nossa volta. E muitos acham que isso é sinal de Amor. Por isso, não tenha medo de perder a pessoa do seu relacionamento atual, afinal, a fila anda. E que ele seja eterno, enquanto dure.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 14/02/2015
Reeditado em 20/06/2018
Código do texto: T5136946
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