Cuidado: Monstros!

Houve pânico na semana em que o Estado contou com a “infestação” de monstros que “invadiram” alguns espaços públicos. Veja bem o “absurdo”: Públicos. Vindos de lugares onde te condicionam a ter o mínimo de dignidade quando for adulto, os tais monstros “invadiram” não só os espaços, mas o sono e a vida de algumas pessoas. A mídia, cumprindo piamente o seu papel, preferiu não alarmar as pessoas de bem no conforto de suas casas. Mas o fato é que a presença destes monstros era uma ameaça eminente de perigo. Eles tinham o poder de tornar qualquer cidadão incapaz de suportar a realidade. E não se pode admitir nos dias de hoje, que as pessoas saiam às ruas exigindo dignidade e direito, “incomodando o tráfego”. Os monstros soltavam gritos assustadores como: “Queremos nossos direitos!” “Respeitem os nossos votos”. Os que estavam do outro lado, se sentiram acuados. Falam outra língua e por isso não se sabe o significado de termos como “Direitos” e “Respeito”. Era de dar pena, coitados. Chamaram reforços para deter os monstros. Fizeram barreiras, usaram escudos, ameaçaram com armas que acreditavam ser mais poderosas que a arma dos monstros: as temíveis flores amarelas. Saíram escoltados, sob proteção e acredita-se que puderam dormir descansados. Os monstros não, eles ficaram lá. Firmes. Colocando em risco a integridade mental das pessoas, podendo causar uma enorme epidemia de conscientes.

“E acreditam nas flores vencendo o canhão (...) Os amores na mente, as flores no chão”. Houve pânico minha gente, pois os monstros eram PROFESSORES. Cuidado! Eles podem infectar com conhecimento e "tornar as pessoas perigosamente mais humanas".

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 13/02/2015
Reeditado em 13/02/2015
Código do texto: T5136424
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