JUIZ MORO, IMPECÁVEL. SUBORNO.

Saio sistematicamente todo dia por ao menos hora e meia. Tenho como um vício (bom vício), desde jovem, me movimentar muito.

Ontem caminhando chego ao lado de mãe que falava com a filha, com certeza na volta da escola. E lado a lado, já ultrapassando as duas, ouvia a mãe falar para a menina de uns oito anos, “minha filha isso é suborno, você tem que negociar”. Logo atrás outra senhora disse, “é está difícil ensinar, educar, com esses exemplos de corrupção que a TV mostra rotineiramente”.

Me olharam pedindo aprovação com os olhos e aquiesci verbalmente.

Difícil educar quando os que mais tinham que dar exemplo indicam a contramão da conduta ética. Falei em breves palavras sobre o tema.

A posição que agrava mais é aplaudir heróis da vilania clara, apontada e confessada por partícipes em orquestramento que dilapida o direito de todos, comum, e faz o país sangrar em verbas bilionárias que resolveriam problemas de saúde e educação, esta quando se cortam verbas para bolsas universitárias dos que estão qualificados para a academia, como noticiado, e os que querem a continuidade dos cursos que já frequentam e foram surpreendidos por limitação nos números para concessão de bolsas antes concedidas.Estrangulam a educação, quando não há limites para a corrupção política gerando iminente gigantismo da inflação que começa a cavalgar a fraude que a originou.

Onde está o erro? Não se fale em crise mundial, razoavelmente superada, de 2008, os EUA saindo com folga da crise, e nosso maior parceiro econômico ainda nadando de braçada, a China.

O erro está no velho princípio maquiavélico, “os fins justificam os meios”. Mas pergunta-se, esse aparelhamento que desconhece barreiras tem origem nesse princípio ou é razão espúria para justificar fortunas ganhas ilegitimamente?

Façam o jogo, cremos que esses políticos eram crentes nessa caminhada e tudo era possível fazer para reverter ao povo? Mas como reverter ao povo por tão pouco tempo e tão pouco. Mentira, falácia, hipocrisia, favorecimento pessoal criminoso, o STF já condenou por esses fatos.Pior que sentir o gosto da limonada é faltar açúcar depois.

O Juiz Moro coloca em cheque o conclave do mal, empreiteiras, intermediários e políticos em desvio. Que se chamem empreiteiras estrangeiras para tocarem obras brasileiras, esses bandidos da iniciativa privada em conluio com políticos são inidôneos, e a lei assim os qualifica.

Não adianta insuficientes pretenderem macular o magistrado de biografia impecável, os de biografia suja o “lavajato” está mostrando com a clareza da instrução presidida pelo Juiz Moro, crimes confessados, confissão, a rainha das provas. É o magistrado Moro algoz dos bandidos da velha e ignara tese da negativa de autoria, e redentor da escuridão dos porões do mal. Não adianta espernearem os incautos, integrantes das mesmas ideias sujas.E devem ficar presos não só preventivamente para garantir a instrução, como determina a lei, e os que estão presos estão como taxativamente determinado pela legislação, e a insciência absoluta de muitos, por total ignorância, enciclopédica, desconhece. Mas devem ficar presos por muitos e muitos anos, e ficarão no Tribunal de um Juiz que dignifica o cargo. A menos que outros tribunais façam o jogo contra o bem e encampem o mal.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 13/02/2015
Reeditado em 13/02/2015
Código do texto: T5136091
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