FLOR DO CERRADO

Sei que nesta minha caminhada errante, conduzida por passos de não sair do canto, que não me levam a lugar nenhum, mas a minha imaginação tanto pode me conduzir e evocar imagens de um Saara inóspito  de areia e sol  escaldantes, como de um Oasis, onde eu possa sentar à sombra de uma velha e solitária palmeira , observar o vento balançar suas palhas e até chorar abraçada ao seu tronco por me imaginar tão árvore  solitária quanto ela. Diga-se: imaginar tão somente..., pois, se neste momento bateu uma tristeza e fui tomada por um desejo forte de levantar e abraçar a velha palmeira, é coisa de momento, coisa de mente vadia, pois se planta eu fosse , queria era ser uma  Flor do Cerrado, de tão bonita que é, na sua cor rosa, resistente a chuva e a seca,   cresce pertinho uma das outras  e o vento nem consegue derrubá-la , não produz sombra, não tem galhos. É só bonita  feito a cauda aberta de um  pavão.
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 11/02/2015
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