A influência do Mal de Parkinson na capacidade do escritor.
Qual seria a intenção ao trazer a este Recanto um assunto de minha particularidade? Teria a finalidade principal de fazer-me justificado quando se apresentar erros em meus textos?
Evidentemente que não é esta a razão porque, uma vez constatado, o equívoco será naturalmente entendido como falha humana, e o acometimento de qualquer doença, também será definido como algo independente da nossa vontade.
O objetivo precípuo não é outro senão o de alertar os companheiros escritores a respeito das conseqüências que advém do Mal de Parkinson, por se tratar de doença degenerativa e de natureza neurológica e nem sempre diagnosticada, em tempo hábil, para um profícuo controle. Essa anomalia decorre da perda gradativa da substância denominada “dopamina,” a qual deve ser reposta através de medicamento específico e indicado pelo médico neurologista acompanhante. A utilização é vitalícia.
Como outra qualquer, a atividade de escrever precisa de concentração e, principalmente, inspiração, as quais são afetadas, caso não haja o rigoroso controle dessa incômoda, mas tolerável doença.
À guisa de esclarecimento, devo explicar que nem todos os casos se assemelham e, no meu em particular, por ser portador há sete anos, embora não tenha atingido ainda a fase do tremor, já apresenta sinais de lentidão nas ações e desconcentração, detectada quando termino de ler algo, uma vez que, posteriormente, não me recordo de detalhes considerados de fácil assimilação por uma pessoa saudável.
Com esta explanação, acredito ter alcançado a pretensão de colocá-los a par do assunto, de grande preocupação para aqueles que, porventura, venham ser acometidos do mal em causa. Por experiência própria, sinto-me no dever de aconselhar a todos que se sentirem diferentes do comportamento normal procurarem, de imediato, um neurologista, o qual procederá aos necessários exames.