Sem Peso na Consciência
Por: Egídio Garcia Coelho
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Sem Peso na Consciência
Hoje aos 59 nos, senti pela primeira vez, o sabor de poder mergulhar rodelas de banana assada no leite em pó, “sem peso na consciência”, já que a lata era minha.
Me dei conta de que "caiu por terra" o fardo de um velho (mau) hábito, feito sempre às escondidas que, quando criança, fazia nas latas de leite Ninho que minha mãe cuidava como néctar dos deuses, criando meus irmãos.
De nove irmãos, eu sendo o segundo mais velho, creio ter tido o privilégio de assaltar com certeza, pelo menos, as preciosas latas dos seis mais novos.
Pode até parecer irrelevante minha introdução, no entanto, sabendo que nosso comportamento é extremamente afetado pelos reflexos condicionados, principalmente no tocante às oscilações emocionais, podemos entender as dificuldades que enfrentamos para solucionar traumas e conflitos internos, responsáveis pela maior parte das patologias que somos acometidos.
Na qualidade de parapsicólogo, sei que durante meus bem vividos 59 anos, sempre que assaltei uma lata de leite em pó, quando criança, adolescente ou mesmo adulto, no “MOLICO” de minha mulher, a crença de que estava pecando, gerou no fundo, algum conflito constrangedor ou outro qualquer de possível auto punição inconsciente.
A exemplo desta "fichinha" que só veio cair hoje, muito podemos explorar, fazendo um boa auto observação!
Precisamos assim, rever nossas crenças, pesquisando com afinco e estudando seriamente a fundamentação histórica e cultural das verdades que nos foram impostas e que ao longo da nossa jornada, fatalmente vamos infringindo, já que a realidade do cotidiano é sempre provisória e bem distante da “verdade”.
A evolução nos empurra de forma gradativa para a verdade e são muitas as etapas a serem vencidas.
As circunstâncias do meio religioso, cultural e político, nos trazem por imposição ou dedução, muitas verdades com extremo valor para cada faixa etária, mas segundo a teoria AT – Análise Transacional, existem ciclos de sete anos que nos ajudam a perceber as distintas realidades que experimentamos ao longo da jornada, alimentando provisórias verdades que sustentam nossos pontos de vista tão bem defendidos, sem nos darmos conta de que, são apenas provisórias e distantes da “Verdade Absoluta” que rege o universo e que ironicamente, à temos na consciência Divina que habita dentro de nós!
Até aqui tenho um conteúdo inspirado na pura intuição e por certo, teve algum propósito de reflexão. Assim, dou por encerrado sem recorrer a razão que fatalmente me levaria a dar um sentido mais intelectualizado que poderia comprometer este flesh já registrado.
Abraços, paz e bênção
Egídio Garcia Coelho
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