Procura-se uma caligrafia
Papel e caneta são tão inseparáveis quanto arroz e feijão. Para não haver ciúme, pode ser papel e lápis também ou qualquer outra coisa que possa preencher o vazio "papelístico". Aparentemente, o papel parece ser uma coisa sem importância. Quanto mais amassado ou sujo, mais perto de visitar o lixo ele fica. Mas quem precisa de papel quando se tem um aparelho eletrônico para escrever? Falei tanto em papel que acabei esquecendo dos objetos "rabiscantes" que fazem parceria com ele. Não quero falar deles, quero mesmo é falar da nossa caligrafia...
Algumas pessoas passam a vida toda procurando um jeito bonito de escrever, outras descobrem cedo um estilo próprio e só fazem aprimorá-lo (ou não) e tem aquelas que assumem o garrancho com orgulho (cada um que se vire para decifrar o indecifrável). Se aprendemos a escrever e temos papel (olha ele de novo) a espera de um simples rabisco nosso, por que enlouquecemos nossos dedos no teclado? Estamos esquecendo de escrever com caneta ou lápis e isso fica claro quando precisamos assinar algum documento e desconhecemos a nossa própria caligrafia. Os espertinhos até pensam em rubricar, mas quando não é possível o jeito é escancarar a falta de destreza com a caneta. E os olhos sensíveis que se espantam com os rabiscos médicos (é melhor a constância do computador ao receitar um remédio) ou com os recados anotados que recebemos? Talvez, as pessoas só sintam falta da caneta, lápis e papel quando eles forem itens escassos. Vamos aproveitá-los enquanto é tempo.